O skate raiz é o das ruas, que usa obstáculos como corrimãos, escadas, calçadas e seus desníveis. É a modalidade que surgiu depois dela, como uma evolução, que tende a contar com atletas de Santa Catarina nas Olimpíadas de Tóquio-2020, na estreia do esporte no programa, Pedro Barros, Isadora Pacheco e Yndiara Asp são os expoentes catarinenses do skatepark e que têm maio para alcançarem a vaga olímpica.

Continua depois da publicidade

O Comitê Olímpico Internacional (COI) deixou modalidades tradicionais de fora, como half-pipe (pista em forma de “u”) ou a mega rampa para colocar nas Olimpíadas 2020 duas. A street (rua em inglês) é a origem do skate. Embora a disputa ocorra dentro de uma pista, remete à paisagem urbana.

A skatepark, que tem catarinenses entre os melhores do mundo, é considerada o formato mais recente do skate. A ideia é uma pista que remete à uma piscina com bordas e fundo arredondados e possua rampas, elevações e até alguns elementos do street que “interajam” com outros. Ou seja, é uma piscina com obstáculos de rua no seu interior.

Em ambos, como em modalidades como as ginásticas, os competidores são avaliados por juízes que atribuem notas a uma volta de 45 segundos e levam em consideração as dificuldades da manobra e emprego de técnica.

– A modalidade park vem crescendo muito e abre cada vez mais o leque de manobras nas pistas, pois mistura obstáculos do bowl, street e vertical. Acho legal porque dá a liberdade de ser criativo e fazer linhas diferenciadas – explica Yndiara Asp, skatista de Florianópolis e bem contada para representar o Brasil em Tóquio-2020.

Continua depois da publicidade

Em Santa Catarina, pistas de skate da modalidade park estão espalhadas pelo Estado. A mais famosa delas fica na Costeira do Pirajubaé, em Florianópolis. É nela que será disputada a primeira etapa do circuito brasileiro de skatepark. O STU Qualifying Series em Floripa abre a temporada do esporte e vale pontos no ranking mundial, decisivo para distruibuição de vagas para as Olimpíadas.

– A pista da Costeira passou por reformas que foram muito importantes. Ganhou obstáculos e o tamanho das paredes foram aumentadas, o que favorece muito para o nível da competição. Foi um trabalho muito legal do Leo Kakinho e que ficou para a comunidade. A maioria dos skatistas treinou nela nos últimos dias, então o nível vai ser cabuloso. Agora é acertar a linha e se divertir na pista – comenta Pedro Barros, skatista de Florianópolis e campeão mundial em 2018.

STU de skate acontece em Floripa até domingo, na Costeira
STU de skate acontece em Floripa até domingo, na Costeira (Foto: Diorgenes Pandini)

Etapa nacional em Floripa é neste fim de semana

Os melhores skatistas brasileiros estarão no entorno da pista da Costeira, em Florianópolis, ou dentro dela neste sábado e domingo, de semifinais e finais do Oi STU. A competição vale pontos para ranking olímpico. Ao todo, 20 atletas masculinos e 20 femininos participam da disputa em que cada país pode levar no máximo três representantes por modalidade e categoria.

A corrida olímpica vai até maio deste ano e a pontuação leva em consideração o melhor desempenho em cinco competições até o final do mês. Portanto, a disputa em Floripa será forte e de alto nível.

Continua depois da publicidade

– A etapa de Santa Catarina abre em grande estilo mais uma temporada do circuito brasileiro de skate e, com certeza, será muito importante na corrida preparatória para Tóquio 2020 – reforça Eduardo Musa, presidente da Confederação Brasileira de Skate (CBSk).

Entre os homens e com presença confirmada na Ilha de Santa Catarina, o paulista Luiz Francisco é o melhor brasileiro no ranking olímpico, com a segunda colocação. O catarinense Pedro Barros está em quarto,e segue na busca pelas primeiras posições – e precisa ficar na frente de outros compatriotas – para carimbar o passaporte para o Japão.

Entre as mulheres, a melhor neste momento é a paulista Dora Varella, em sexto no ranking olímpico. Ela também está em Floripa. As melhores brasileiras no ranking depois dela são duas manezinhas que tentam se garantir nas Olimpíadas 2020. Isadora Pacheco está na 10ª colocação e Yndiara Asp é a 13ª, em evolução no ranking.

Programação

Sábado (25)

9h às 11h30min – Treinos semifinalistas masculino

11h30min às 12h30min – Treinos finalistas feminino

12h50min às 15h50min – Semifinal masculino (Transmissão SporTV 2)

15h50min às 17h – Final feminino (Transmissão SporTV 2)

Domingo

9h às 10h – Treinos finalistas masculino

10h às 11h – Final masculino (Tranmissão NSC TV/Globo)

11h15min às 12h15min – Cerimônia de premiação de todas as modalidades)

Formato de disputa

MASCULINO

Semifinal – duas baterias com 8 skatistas cada

Cada atleta tem 3 voltas de 45 segundos cada. Os skatistas entram na pista na mesma ordem cada vez.

Final – uma bateria com 8 skatistas – Mesmas regras.

FEMININO

Final – uma bateria com 8 skatistas

Cada atleta tem 3 voltas de 45 segundos cada. Os skatistas entram na pista na mesma ordem cada vez.

Catarinenses em ação

MASCULINO

Gustavo Picaski (17 anos, Imbituba)

Kalani Konig (12 anos, Florianópolis)

Mateus Guerreiro (17 anos, Florianópolis)

Pedro Barros (24 anos, Florianópolis)

Vinicius Kothe (15 anos, Florianópolis)

FEMININO

Erica Leguizamon (12 anos, Garopaba)

Emily Antunes (19 anos, Florianópolis)

Isadora Pacheco (14 anos, Florianópolis)

Yndiara Asp (21 anos, Florianópolis)

Mais notícias sobre o esporte no NSC Total