Lagoa Mundaú com o rompimento da Mina 18 (Foto: Divulgação, Secom de Alagoas)
Um redemoinho foi visto na Lagoa Mundaú, nesta terça-feira (12), próximo ao local onde se rompeu a Mina 18 da Braskem, que explorava o sal-gema em Maceió. Imagens flagraram a água se movendo como se formasse uma bacia, por volta das 6h40 da manhã. As informações são do g1.
A Defesa Civil explica que o fenômeno do redemoinho já era esperado, e faz parte do processo de acomodação do solo, que ainda está em andamento. O órgão ainda destaca que devem surgir outros redemoinhos em outros momentos, até que a área se estabilize.
— Agora temos que reforçar todas as recomendações que foram feitas pela Defesa Civil, dos pescadores não entrarem na área demarcada, e as pessoas também não devem acessar a área restrita — afirma o coordenador da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre.
Veja a imagem do redemoinho na Lagoa Mundaú
Imagens flagram redemoinho na Lagoa Mundaú (Foto: Reprodução)
Após o comprometimento do sensor que monitora o movimento do solo no local, foi feita a instalação de um novo equipamento na área da mina da Braskem que se rompeu. O monitoramento do solo foi retomado pela Defesa Civil nesta terça-feira (12).
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Abelardo Nobre explica que somente 24 horas após a instalação do sensor será possível comparar os dados e mensurar se o terreno continua cedendo ou se houve a estabilização. O equipamento instalado vai ajudar no registro de fenômenos que surgem após o colapso da mina, como o do redemoinho.
Veja fotos do antes e depois da mina
No centro do círculo ficava o sensor (Foto: Divulgação, Braskem)
Após o rompimento, água da lagoa avançou (Foto: divulgação, Braskem)
O problema das minas em Maceió veio à tona em 2018 (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
Em 2018 começaram a aparecer as primeiras rachaduras na cidade (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
Os moradores precisaram evacuar o local (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
Casas, comércios e imóveis ficaram para trás (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
A população pede por realocação há anos (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
Em novembro deste ano, a Defesa Civil declarou risco de colapso (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
Ao todo, mais de 14 mil imóveis foram desocupados nos bairros afetados (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
Cerca de 60 mil pessoas foram afetadas (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
O governo adotou medidas emergenciais para auxiliar a população (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
A Defesa Civil mantém o alerta máximo para o risco de desabamento (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
O sal-gema extraído na mina nada mais é que o cloreto de sódio, a mesma substância do sal de cozinha. (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
O sal que usamos na comida é extraído do mar, enquanto o sal-gema é encontrado no subterrâneo (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
Por existir em quantidades maiores, o sal-gema é empregado principalmente na indústria química (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
A extração em Maceió começou em 1976 para a produção de dicloroetano (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
Na época, a Braskem se chamava Salgema Indústrias Químicas S/A (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)
Nas minas da Braskem, houve um vazamento de líquido no solo, o que trouxe instabilidades (Foto: Divulgação, Estadão Conteúdo)