O governo do Rio Grande do Sul anunciou nesta sexta-feira (17) o Plano Rio Grande para reconstrução do Estado após as enchentes. O plano conta com ações de curto, médio e longo prazo. Foi anunciado também a criação da secretaria de Reconstrução Gaúcha.

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A nova secretaria foi criada a partir da conversão da secretaria de Parcerias e Concessões (Separ) e terá o mesmo titular à frente da pasta, Pedro Capeluppi. Ele será o responsável pela execução dos projetos do Plano Rio Grande.

— Ao invés de constituir uma unidade paralela, entendi que deveríamos reconfigurar a estrutura de governo por dentro para atender melhor a esse propósito. A Separ já tem um formato de trabalho em que modela soluções especialmente para a infraestrutura e tem condições de dar suporte aos projetos do Plano Rio Grande — afirma o governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB).

Frentes de atuação do Plano Rio Grande

Conforme o anúncio, a atuação do plano será em três frentes. Todos os trabalhos serão monitorados pelos gabinetes do governador e do vice, Gabriel Souza, e pela secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG). Veja quais as frentes de atuação:

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  • Ações emergenciais;
  • Ações de reconstrução;
  • Rio Grande do Sul do futuro.

O projeto de criação do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs) foi enviado à Assembleia Legislativa. Este fundo permitirá a gestão dos recursos destinados à reconstrução, além de garantir o máximo de transparência ao emprego das verbas.

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Como será a nova secretaria

Segundo o governo gaúcho, o objetivo da criação da nova pasta é “acelerar e organizar os processos e projetos de reconstrução do Estado”. À frente da pasta estará Capeluppi, funcionário de carreira da secretaria do Tesouro Nacional (STN), que foi secretário de Desenvolvimento de Infraestrutura e esteve à frente da Secretaria Especial de Desestatização, Desinvestimento e Mercados do Ministério da Economia, em 2022. Economista pela Universidade de Brasília (UnB), tem pós-graduação em Finanças, Investimentos e Banking pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

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A pasta terá uma Assessoria Especial de Gestão de Riscos e quatro subsecretarias: Projetos de Reconstrução, Projetos Estruturantes, Inteligência Mercadológica e Parcerias e Concessões.

Cidades Temporárias

Ainda nesta sexta, o governo também anunciou o projeto Cidades Temporárias, grandes estruturas para acolher as famílias desabrigadas. Elas serão instaladas em quatro cidades: Canoas, Porto Alegre, São Leopoldo e Guaíba.

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As quatro cidades concentram cerca de 70% dos desabrigados no Estado e receberam também moradores de Eldorado do Sul, que ainda tem 71% de sua área urbana inundada.

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Pela proposta inicial, as estruturas serão montadas no Complexo Cultural do Porto Seco, em Porto Alegre; no Centro Olímpico em Canoas; e no Centro de Eventos em São Leopoldo. Ainda não foi definido o espaço a ser utilizado em Guaíba.

O governo afirmou que os abrigos terão proteção térmica, lavanderia e cozinha coletivas, brinquedoteca, banheiros, chuveiros e dormitórios com divisórias. Não foi dado um prazo para isso.

Unidades habitacionais definidas também devem ser construídas, mas este projeto ainda está em planejamento.

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Situação no Estado

O Rio Grande do Sul tem sido afetado por fortes chuvas, temporais e enchentes desde 29 de abril. Já foram confirmadas 154 mortes, 806 feridos e 98 pessoas ainda estão desaparecidas. Ao todo, 461 municípios foram afetados. Há 78 mil pessoas em abrigos e outros 540 mil desalojados. Em todo o Estado, 2,2 milhões de moradores foram afetados.

Veja fotos da situação no Estado

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