As buscas por feminismo no Google aumentaram 120% em 10 anos — entre 2012 e 2022 —, de acordo com o levantamento divulgado pela plataforma Google Trends. Entenda a origem e o que é o movimento que luta pelos direitos das mulheres.
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Histórico do feminismo
As origens do movimento feminista remontam ao período da Revolução Francesa, influenciada pelos ideais do Iluminismo. Em 1791, Olympe de Gouges lançou a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã em contraposição à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, na qual criticava as desigualdades entre os gêneros.
O documento composto por 17 artigos começa da seguinte forma: “Considerando que a ignorância, o esquecimento ou o desprezo pelos direitos da mulher são as únicas causas dos males públicos e da corrupção dos governantes […]”.
Por suas críticas ao governo, a francesa foi guilhotinada no dia 3 de novembro de 1793. Desde então, Olympe de Gouges ficou conhecida como pioneira do feminismo.
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O movimento ganhou força de fato na Inglaterra ao longo do século XIX, concentrando-se principalmente na luta pela igualdade de condições de trabalho nas indústrias inglesas. As mulheres exigiam uma carga de trabalho e um salário iguais aos dos homens.
No começo do século XX, o movimento se espalhou pelos Estados Unidos e teve como principal bandeira de luta, o direito ao voto, conhecido como movimento sufragista.
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Foi a partir de 1960, quando alguns obstáculos legais à igualdade de gênero já haviam sido derrubados que o movimento ganhou foco em questões como sexualidade e família, principalmente com o surgimento da pílula anticoncepcional.
Da década de 1990 em diante, a chamada “terceira onda do feminismo” começou com o objetivo de combater a chamada feminilidade da segunda onda, focada na experiência de mulheres brancas de classe média. Desde então, o objetivo do movimento é incluir mulheres negras, de diferentes nacionalidades, etnias e religiões.
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Feminismo atualmente
Entre várias lutas, a equiparação salarial continua no foco do movimento atualmente no Brasil, tema que tem tido avanços importantes. Em 2021, o Senado Federal aprovou o projeto de lei que prevê multa para empregador que pagar salário diferente para homens e mulheres no exercício da mesma função.
Outra questão que ganhou força é o assédio e violência contra a mulher, que tem números assustadores no país. De acordo com dados publicados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 699 casos de feminicídio foram registrados no primeiro semestre de 2022, o que representa uma média de quatro mulheres mortas por dia.
Há grande esforço do movimento feminista no caso brasileiro para que o governo crie políticas públicas que combatam essas violências e que promovam o bem-estar das mulheres na sociedade.
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