Nos Estados Unidos, receber a maior quantidade de votos da população não é sinônimo de vitória. Exemplo disso foi a corrida presidencial entre George W. Bush e Al Gore, em 2000. O segundo candidato foi quem recebeu a maioria dos votos populares, mas o primeiro foi o presidente eleito porque ganhou a votação do Colégio Eleitoral.
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Afinal, o que é o Colégio Eleitoral?
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Desde a criação da Constituição dos EUA em 1787, a figura do Colégio Eleitoral é protagonista das eleições presidenciais no país. O sistema surgiu como uma forma de equilibrar os 13 estados existentes à época. A população escolhe os membros do Colégio Eleitoral. Esse, por sua vez, se reúne após a eleição em novembro e vota conforme o voto da maioria dos eleitores do estado.
Por fim, o Congresso faz a contagem do resultado e o presidente toma posse em janeiro do ano seguinte. Cada estado tem um número de delegados – que são eleitores do Colégio Eleitoral – igual à sua representação na Câmara dos Deputados. Com isso, há 538 delegados no Colégio Eleitoral. Para se tornar presidente, o candidato deve conquistar pelo menos 270 desses votantes.
Por que os Estados Unidos mantêm o Colégio Eleitoral?
Diferente do Brasil onde ganha o candidato que receber mais votos da população, o sistema indireto é mais complexo de entender. Mesmo assim, os americanos decidem manter a votação dessa forma.
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Um dos fatores é que o Colégio Eleitoral reforça o bipartidarismo presente nas eleições presidenciais. Assim, nenhum dos partidos têm interesse em mudar o sistema.
Além disso, os candidatos não conquistam votos focando apenas em algumas regiões. Por essa razão, são obrigados a pensar em campanhas que abordem interesses de todos os estados.
Qual a importância do Colégio Eleitoral nas eleições dos EUA em 2024?
Como é possível perceber, o Colégio Eleitoral é o protagonista das eleições presidenciais nos Estados Unidos. Para conquistar os 270 delegados, é crucial que os candidatos façam campanhas em todo o país, incluindo estados com poucos votos eleitorais. Outro ponto importante é que a maioria dos estados americanos adota o sistema “winner-takes-all”.
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Isso significa que o candidato que receber a maioria dos votos leva todos. Por fim, estados que não têm um posicionamento tão claro entre Democrata x Republicano são considerados estados-chave para as eleições. Arizona, Carolina do Norte, Geórgia, Michigan, Nevada, Pensilvânia e Wisconsin podem decidir o resultado da disputa presidencial em 2024.
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