A ex-presidente Dilma Rousseff foi eleita por unanimidade para presidir, até 2025, o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco dos Brics – bloco econômico que reúne Rússia, China, Índia e África do Sul, além do Brasil. O grupo de nações emergentes conta com o NDV para mobilizar recursos para desenvolvimento sustentável e de infraestrutura nos mercados de países em ascensão econômica.
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O banco foi criado a partir da assinatura de um acordo entre os países em 2014, durante a 6ª Cúpula dos BRICS em Fortaleza. Em julho do ano seguinte, o NDB entrou em vigor durante uma conferência na Rússia. A sede do banco fica localizada em Xangai, na China, e conta com um escritório regional em Johanesburgo, na África do Sul.
Com US$ 32 bilhões em projetos aprovados desde 2015, o banco atualmente investe US$ 4 bilhões no Brasil, principalmente em rodovias e portos, de acordo com a Agência Brasil. O Centro de Estudos e Pesquisas BRICS assegura que um dos diferenciais do NDB é a agilidade na concessão de empréstimos em relação aos demais bancos multilaterais de desenvolvimento mundial.
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O objetivo da instituição é mobilizar recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países do BRICS e em outras nações em desenvolvimento para o crescimento global “para ajudar a construir um planeta mais inclusivo, resiliente e sustentável”, segundo o próprio NDB.
O NDB ainda conta com seis áreas de operação para financiamento de projetos: Energia Limpa e Eficiência Energética; Infraestrutura de transporte; Água e saneamento; Proteção do meio ambiente; Infraestrutura social; Infraestrutura digital.
Como Dilma Rousseff chegou ao Banco dos Brics
Dilma assumirá o lugar do também brasileiro Marcos Troyjo nos próximos dias, quando o presidente Lula visitar a China. De acordo com o comunicado oficial, a sucessão obedece à governança e aos procedimentos da instituição.
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A mudança no cargo aconteceu a partir de um acordo político já no começo da gestão Lula e articulado com a participação do ministro Fernando Haddad. Troyjo foi indicado por Paulo Guedes em 2020 e possuía muita proximidade com o governo Jair Bolsonaro.
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A ex-presidente do Brasil foi eleita por unanimidade do conselho do Banco dos Brics. Em nota, o NDB lembrou o trabalho de Dilma em busca da estabilidade econômica e do combate à pobreza e na ampliação dos programas sociais, o que resultou na retirada do país do mapa da fome. A instituição destacou também o trabalho internacional na questão do desenvolvimento sustentável e direitos humanos.
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