Arte NSC
(Foto: Arte NSC)

Se você está por aqui e já acompanha os meus artigos, certamente tem uma empatia com tecnologia, inteligência artificial, bots e tudo mais. Mas, você já entrou a fundo no conhecimento sobre a neurociência e por que tudo funciona como é hoje?

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Atualmente, é comum ouvirmos de estudiosos da ciência da computação a frase "o processador é o cérebro do computador". Embora este seja um bom modo de racionalizar a funcionalidade da tecnologia no nosso dia a dia, devido ao grande investimento de importantes institutos de pesquisa, como o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), este modo de pensar tem caminhado para ser modificado, à medida que cientistas têm utilizado um modelo computacional de como o nosso cérebro processa as informações visuais para resolver um problema real, ou seja, levando para o processamento de dados algumas ações que são inspiradas no comportamento humano.

Assim como a inteligência artificial já é um campo de pesquisa de extrema importância, mas que ainda tem muito para evoluir, a junção dos seus estudos com a área da neurociência pode trazer um impacto sem precedentes para o avanços das descobertas.

Mas, antes de entrar neste detalhe, vamos conhecer um pouco mais sobre a neurociência.

O que é um neurônio?

Um neurônio nada mais é do que uma célula nervosa e o nosso cérebro é composto de aproximadamente 86 bilhões de neurônios.

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Falando nisso, existe um ditado bem conhecido que diz: "Nós usamos apenas 10% do nosso cérebro" Isso é verdade? Não, nós utilizamos toda a potencialidade do nosso cérebro e ele é uma fonte riquíssima de informações para o avanço da inteligência artificial.

O que os neurocientistas estudam?

O campo da neurociência possui diversas linhas de estudo e que são embasadas por experiências e análises de pontos de vista diferentes. Conheça algumas delas:

• Nível comportamental: estudo da base neural do comportamento. Em outras palavras, o que faz com que pessoas e animais façam o que fazem.

• Nível do sistema: estudo das várias partes do sistema nervoso, como o sistema visual ou auditivo. Isso também pode incluir investigações de quais partes do cérebro estão conectadas a outras partes.

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• Nível de circuito local: estuda a função de grupos de neurônios (células nervosas).

• Nível de neurônio único: estude o que os neurônios individuais fazem em relação a algum "evento". Além disso, poderia estudar o que está contido em um único neurônio (estudos de neurotransmissores).

• Nível de sinapse: estude o que acontece na sinapse.

• Nível de membrana: estude o que acontece em canais de íon em uma membrana neuronal.

• Nível genético: estude a base genética da função neuronal.

Mesmo que existam esses sete níveis e certamente seus desdobramentos individuais, perceba que todos eles podem contribuir de alguma forma no entendimento do funcionamento do cérebro humano e como podemos levar este comportamento para uma realidade artificial.

Se avaliarmos aonde chegamos até aqui com a inteligência artificial, o impacto que a neurociência pode exercer sobre a ciência da computação, e especificamente sobre a I.A. é enorme. Ainda ficaremos surpresos com os avanços deste estudos nos próximos anos. Eu, particularmente, estou ansioso para ver tudo que descobriremos sobre isso. E você?

*Henrique Bilbao é diretor comercial da Ezok.