Em tempos de pandemia de coronavírus e liberação ou não de atividades, o debate é acalorado sobre o isolamento vertical (modelo em que apenas os grupos de risco fiquem isolados) e o horizontal (aquele que recomenda que todas as pessoas mantenham distanciamento e permaneçam em casa). Mas você já ouviu falar de "isolamento contingencial"?
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O professor de administração pública da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) Leonardo Secchi defende essa alternativa, com base no fato de que nem todas as cidades catarinenses tiveram contaminação identificada de Covid-19 – 163 dos 295 municípios, segundo os dados do governo do Estado divulgados nesta quinta-feira – e, assim, não precisariam seguir as mesmas regras.
Ainda de acordo com o docente da universidade estadual, o modelo já começou a ser adotado no Rio Grande do Sul e está previsto para ser divulgado em um guia do Ministério da Saúde com orientações a estados e municípios.
– Temos que conseguir encontrar um meio-termo, que possa tratar situações diferentes com medidas de restrição diferentes – argumentou o professor do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), alegando que esse modelo trata-se de "bom senso aliado à política pública".
Segundo Secchi, para que a ideia possa funcionar, é preciso uma coordenação organizada, com diretrizes que respeitem as diferentes realidades de cada estado. A intenção é ter recomendações específicas que não causem confusão na cabeça da população, e que municípios de áreas com alto contágio possam conversar entre si para definir medidas em conjunto.
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– Para isso (isolamento contingencial), duas ferramentas são essenciais: testagem em massa e controle da movimentação das pessoas – explicou o professor da Udesc, em entrevista à CBN Diário.
Ouça a entrevista na íntegra para o Notícia na Manhã desta sexta-feira (15), com Mário Motta:
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