Atletas podem ser eliminados de competições se forem pegos no antidoping. O exame é feito nos competidores para checar se existe algum tipo de dopagem específica que altere o organismo dos atletas e não permita uma competição igualitária.
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Nas Olimpíadas de Tóquio 2020, a jogadora da seleção brasileira de Vôlei foi eliminada das competições após ser pega no exame que constatou uma possível dopagem, o Comitê Olímpico Internacional investiga o caso. Situações como essa podem deixar os atletas sem medalha em competições individuais.
Os controles antidoping ajudam a manter a integridade dos esportes, garantindo que os atletas pratiquem as atividades de maneira saudável e não trapaceiem. Mas o que de fato é o doping e o antidoping e quais são as consequências para os atletas que são pegos nesse exame? Continue lendo e entenda mais sobre o caso.
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O que é doping
O doping é caracterizado pela utilização de substâncias não naturais ao corpo como forma de melhorar o desempenho de forma artificial. Em grande parte do tempo, o doping é realizado por pessoas que querem potencializar o rendimento, agilidade, força ou perda de peso.
Em 1967, o Comitê Olímpico Internacional (COI) formou uma comissão específica para conseguir classificar, controlar e proibir as substâncias utilizadas, aplicando as devidas punições. Atualmente, as substâncias proibidas são divididas em 5 grupos principais:
Narcóticos;
Agentes anabolizantes;
Estimulantes;
Diuréticos;
Hormônios.
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O que é antidoping
Basicamente, o teste antidoping analisa se o atleta está utilizando substância ilícitas citadas acima para competir.
Ou seja, esse tipo de substância não pode, em hipótese alguma, comprometer a saúde ou dar algum tipo de vantagem em competições esportivas para os atletas, podendo causar também consequências como a eliminação da competição.
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O que é um teste antidoping
O teste é utilizado para descobrir se um atleta está utilizando a substância ilícita. Ele é feito com urina, aproximadamente 65 mL, já que é através dela que são eliminadas substâncias tóxicas ao organismo.
Para fazer o exame, o atleta é encaminhado ao controle de doping, lá ele fará a coleta da urina na presença de um responsável do evento de mesmo sexo, para que não haja fraude na coleta.

No ato da coleta são analisados o pH e o volume da amostra, que depois é transferida para dois recipientes: prova e contraprova e enviada ao laboratório olímpico.
Todos os exames são realizados por pessoas especialmente treinadas e credenciadas para o controle de doping. O profissional responsável por realizar o exame antidoping ou acompanhante notifica o atleta sobre a seleção para o teste e informa-o de seus direitos e responsabilidades.
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Cada atleta deve então assinar a seção de notificação do relatório do teste, confirmando que o teste foi notificado a ele.
Consequências para o atleta pego no antidoping
De acordo com o Comitê Olímpico do Brasil (COB), quando é encontrada uma substância proibida na urina ou sangue do atleta olímpico, o laboratório de análise emite um laudo de resultado analítico adverso. Isso porque, a presença da substância pode ser devido a uma autorização de uso terapêutico (AUT).
No entanto, caso o atleta não possua uma autorização válida para a substância que foi encontrada na amostra, ele deverá responder por uma violação da regra antidoping. A autoridade de gestão do resultado notifica o esse atleta e aguarda sua explicação.
O competidor terá três alternativas: poderá concordar com o resultado e aceitar a punição proposta pela autoridade de gestão de resultados, concordar com o resultado e pedir que seja julgado por um Tribunal, ou então, poderá, também, discordar do resultado e solicitar a análise da amostra B.
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No Brasil, os casos de doping são encaminhados pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD), ao Tribunal Antidopagem (TJ-AD). Este será responsável por conduzir todo o julgamento.
O atleta olímpico terá direito a ampla defesa, e poderá recorrer da decisão no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), última instância de julgamento dos casos no mundo do esporte, localizado na cidade de Lausanne, na Suíça.
As punições para atletas que foram pegos no exame antidoping variam desde uma simples advertência até 4 anos de suspensão, caso essa seja a primeira vez. Se o atleta for pego no exame pela segunda vez, ou seja, não for primário e tiver sofrido sanções por outras violações da regra, sua pena pode ser dobrada.
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Para casos mais graves ou reincidentes, o atleta ou equipe de apoio ao atleta envolvidos na violação da regra antidoping, poderão ser banidos do esporte. Enquanto cumprir a suspensão por doping, o atleta não poderá realizar qualquer atividade ligada ao esporte durante esse período. Para muitos, isso pode significar o fim da carreira.
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Além do tempo de suspensão, o desgaste que o exame positivo para doping representa para a imagem do atleta é incalculável. Isso inclui a perda de medalhas e títulos, perda de resultados, devolução de premiações e quaisquer benefícios que foram conquistados sob a influência do doping.
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Além disso, a imagem do atleta passa a ser associada a trapaça, corrupção e imoralidade no esporte, fatores que resultam no afastamento de patrocinadores e fãs. Além disso, o custo de um processo, a contratação de advogados e especialistas para realizar uma defesa para o atleta, em muitos casos, acaba consumindo todo o patrimônio e reservas financeiras que foram conquistadas durante toda a carreira.
Ainda que o efeito esperado ao consumir substâncias proibidas seja aumentar sua performance, acelerar a recuperação de uma lesão, melhorar o desempenho em uma prova, ou aperfeiçoar determinadas habilidades, nada disso livra o atleta de outros riscos, incluindo o de morte devido ao mal uso de substâncias.
Em muitos casos, os efeitos indesejados não podem ser controlados, afinal, não existe uma dose de segurança, mesmo quando falamos de substâncias aprovadas para uso em humanos.
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Isso porque, estes medicamentos são destinados a pessoas com alguma doença ou deficiência, e não foram desenvolvidos para uso em pessoas saudáveis. Por isso, as consequências podem ser devastadoras na vida do atleta.
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