Uma rua que por enquanto não liga nada a lugar algum. Assim é possível resumir o trecho já implantado do prolongamento da Via Expressa, na região Norte de Blumenau. Desde que a ordem de serviço foi assinada, há exatos 10 anos, o andamento da obra esbarrou em tantas burocracias que até o momento nem um dos quase 16 quilômetros foi entregue pelo governo do Estado.
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Quem passa pela Via Expressa ou pelas ruas Guilherme Scharf e Theodor Kleine, no Fidélis e Fortaleza Alta, consegue observar o que foi feito nos últimos tempos: uma via de concreto, que começa logo depois da curva da Via Expressa, na alça de acesso à BR-470, mas que termina antes do viaduto erguido na Guilherme Scharf. Depois, a continuação está do outro lado da rua, em um caminho aberto entre a vegetação que quase alcança a Theodor Kleine (assista abaixo).
Esse será o primeiro trecho, de 5 quilômetros, a ser concluído. Previsão, porém, não há, informou a Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade (SIE). “Questões burocráticas precisam ser encaminhadas para a finalização”, restringiu-se a explicar.
Entraves em trâmites marcaram essa última década. A primeira papelada, com R$ 140 milhões garantidos, foi assinada em 2014 pelo então governador Raimundo Colombo. Falta de licenças, divergências nas contas, investigação do Ministério Público, ausência de projetos e de licitação para 15 viadutos fizeram parte de uma série de percalços.
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Como as desapropriações precisavam ser feitas — e parte delas foi resolvida na Justiça, o que levou tempo —, os trabalhos começaram apenas em 2016. No ano seguinte, que deveria ser o de conclusão, o volume de rochas encontrado foi maior que o esperado, o que parou as máquinas.
A empresa vencedora da licitação solicitou um aumento no valor por conta do imprevisto e o governo contratou uma medição de referência para indicar o quanto de pedras havia no local para analisar o pedido. A história foi resolvida apenas em 2021, quando houve a assinatura para o reinício das obras.
Até agora, informou ainda a SIE, foram investidos R$ 34,5 milhões. Nessa etapa, o prolongamento chegará até a Rua Theodor Kleine. Em um futuro incerto, já que tampouco há previsão para a próxima fase, a proposta é que a ligação termine na Serra da Vila Itoupava, a SC-108, tornando-se um novo acesso à cidade pela região Norte.
Obra aguardada
O “Acesso Norte” ou prolongamento da Via Expressa é uma demanda antiga e que agora volta aos holofotes com as campanhas eleitorais. No primeiro debate das eleições 2024 em Blumenau, promovido pelo NSC Total, o assunto foi pauta entre os candidatos. Apesar de ser uma obra estadual, a nova via contribuirá com a mobilidade urbana de toda a região.
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O tema mobilidade foi o terceiro mais citado pelo público para formar os cinco eixos do projeto SC Ainda Melhor. A iniciativa, que chega à quarta edição, define assuntos que são considerados prioridade nas eleições de 2024. A escolha foi feita com base em uma enquete aberta durante quase um mês no g1 Santa Catarina e no NSC Total. Veja o resultado:
- Saneamento básico: 12,8%
- Atendimento em postos de saúde (11,2%)
- Mobilidade urbana (9,4%)
- Transporte público (8%)
- Educação básica (7,2%)
Veja o prolongamento em fotos
Assista ao vídeo de como está o prolongamento
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