Vencedor do Prêmio Nobel de Física em 2013, o britânico Peter Higgs morreu na segunda-feira (8), aos 94 anos. Ele é responsável pela descoberta do Bóson de Higgs, também chamado de “Partícula de Deus” cuja existência ele havia previsto em 1964.

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A morte de Higgs foi anunciada pela Universidade de Edimburgo, na terça-feira (9). “Morreu pacificamente em sua casa na segunda-feira, 8 de abril, depois de uma curta enfermidade”, informou a universidade em nota.

O que é o Bóson de Higgs, a “Partícula de Deus”?

Ele teorizou o Bóson de Higgs, uma parte fundamental do chamado “Modelo Padrão” da física de partículas, que descreve as partículas elementares e suas interações. Espécie de cola que une todas as outras partículas, ela é uma das peças fundamentais para ajudar os cientistas a entender como a matéria se formou após o Big Bang.

Por muito tempo, os átomos foram considerados as partículas fundamentais da matéria. No entanto, descobriu-se que os átomos são compostos por prótons e nêutrons (que formam o núcleo do átomo) e elétrons (que orbitam esse núcleo).

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Prótons e nêutrons podem ser subdivididos em partículas ainda menores, que são conhecidas como partículas fundamentais. Foram encontradas 17 partículas fundamentais ( juntamente com as forças que as influenciam) e elas são as responsáveis pela composição do universo, segundo o Modelo Padrão da física de partículas.

As 17 partículas são divididas em duas categorias: férmions e bósons. Dentro dessas duas famílias das partículas, são 12 férmions e 4 bósons, o que somam 16 partículas. A 17ª partícula fundamental foi descrita por Peter Higgs, que indicou que existe uma partícula responsável por um campo que impregna de massa as partículas que formam a matéria.

O Bóson de Higgs, ou a partícula de Deus, é uma peça fundamental, uma espécie de cola, que une todas as outras.

A partícula de Deus só teve sua existência confirmada em 2012, um ano antes do físico vencer o Nobel. Como ela é invisível, para confirmá-la foi preciso construir um acelerador de partículas, um tubo de 27 quilômetros de extensão na fronteira da França com a Suíça.

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Nele, os cientistas do CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear) provocaram choques de núcleos de átomos em altíssima velocidade. Com a separação, os pesquisadores finalmente puderam perceber um rastro do Bóson de Higgs.

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