Os números demoram a ser computados, mas segundo o Ministério da Saúde (MS), 25.130 recém-nascidos faleceram no Brasil antes do 28º dia de vida em 2016. Os óbitos nesta faixa etária configuram a chamada morte neonatal.

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Apesar de pouco comentada, ela representa a maior parte dos óbitos entre crianças com até um ano de vida. Em 2016, por exemplo, 69% das mortes entre aqueles com menos de 364 dias de vida ocorreram antes do primeiro mês de nascimento.

Para tentar entendê-las, o Governo Federal as dividiu em duas fases. O objetivo é conseguir determinar de forma específica o que gerou cada uma e traçar estratégias para evitar outros casos. A precoce ocorre até o 6º dia de vida. Já a tardia, entre o 7º e o 27º dia.

Segundo o Ministério da Saúde, essas mortes estão relacionadas a falhas na assistência da gestante e indisponibilidade de tecnologias. Fatores diferentes dos que levam à morte dos que ultrapassam o 28º dia, quando emprego, renda e educação interferem.

A partir de comitês municipais, regionais, estaduais e nacionais, o governo tem um panorama das principais causas que levam às mortes neonatais. Um levantamento (tabelas abaixo) também de 2016 mostra quais são.

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Consultado pela reportagem do Santa, o pediatra Hamilton Fogaça defende que é preciso aprimorar o atendimento às gestantes no período do pré-natal. Entretanto, reforça que as grávidas precisam estar cientes de seus direitos e deveres.

A partir daí, ele diz que é preciso cobrá-los e cumpri-los. O Ministério da Saúde tem a chamada Caderneta da Gestante, instrumento para que as mulheres compreendam o passo a passo do acompanhamento médico até o parto. O documento está disponível aqui.

Causas das mortes neonatais no Brasil
Causas das mortes neonatais no Brasil (Foto: Arte Ministério da Saúde)
Causas das mortes neonatais evitáveis no Brasil
Causas das mortes neonatais evitáveis no Brasil (Foto: Arte Ministério da Saúde)

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