O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou por uma cirurgia de emergência nesta segunda-feira (9) no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratar de um hematoma cerebral causado por uma queda sofrida em outubro. O procedimento, conhecido como craniotomia, é utilizado para drenar hemorragias intracranianas e aliviar a pressão no cérebro.
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A queda ocorreu no banheiro da residência oficial do presidente, onde ele bateu a região da nuca, necessitando de cinco pontos. Nas últimas semanas, Lula começou a sentir dores de cabeça persistentes, o que o levou a buscar atendimento médico. Exames indicaram a presença de um sangramento entre o cérebro e a meninge, membrana que envolve o órgão.
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De acordo com a equipe médica, o hematoma intracraniano identificado tinha aproximadamente três centímetros e estava localizado acima do lóbulo frontal esquerdo.
Queda no banheiro, hemorragia, cirurgia e UTI: a linha do tempo de Lula após acidente doméstico
O que é uma craniotomia?
A craniotomia é um procedimento cirúrgico em que uma parte do osso do crânio é temporariamente removida para dar acesso ao cérebro. Essa técnica é frequentemente usada para tratar hemorragias, tumores ou traumas. No caso de Lula, o objetivo foi drenar o sangue acumulado e evitar complicações como aumento da pressão intracraniana ou lesões cerebrais.
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No entanto, durante coletiva nesta terça-feira (10), os médicos esclareceram que Lula não precisou de uma craniotomia completa. Ele foi submetido a uma trepanação, um procedimento menos invasivo, que consiste em pequenas perfurações no crânio para aspirar o sangue do hematoma.
Por que o sangramento ocorreu semanas após a queda?
Segundo especialistas, hematomas como o de Lula podem levar dias ou até semanas para se manifestarem. “É como uma torneira que goteja lentamente, e só depois de algum tempo o sangramento se torna significativo”, explica a neurologista Gisele Sampaio, da Unifesp.
Esse tipo de hemorragia é mais comum em idosos, devido à fragilidade vascular e à maior propensão a pequenos traumas causarem danos significativos.
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Diferença entre hematoma cerebral e AVC
Embora ambos envolvam o sistema nervoso, hematomas cerebrais e acidentes vasculares cerebrais (AVC) têm causas e características distintas.
- Hematoma cerebral: É o acúmulo de sangue entre as membranas que envolvem o cérebro ou dentro do próprio tecido cerebral, geralmente decorrente de traumas.
- AVC: Relacionado a problemas nos vasos sanguíneos do cérebro, pode ser isquêmico (obstrução do fluxo sanguíneo) ou hemorrágico (rompimento de um vaso).
No caso de Lula, o hematoma foi resultado de um trauma físico e não envolveu o rompimento direto de vasos sanguíneos no cérebro.
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Estado de saúde e recuperação
O boletim médico mais recente informa que o presidente está bem, sem sinais de lesões cerebrais e com uma boa evolução clínica. Ele segue em observação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e deve receber alta na próxima semana, caso o quadro continue estável.
A cirurgia de trepanação geralmente apresenta alta taxa de recuperação, com possibilidade de retorno às atividades normais em curto prazo. Os médicos reforçam que Lula não corre riscos e está sendo monitorado para evitar complicações futuras.
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