A chuva com fuligem, também conhecida como chuva “preta” pode até não ser comum no Brasil, mas agora pode ser que faça parte do cotidiano do país. Isso porque com o avanço das mudanças climáticas, muitas regiões enfrentam crescimento da temperatura, o que junto da ação humana intensifica incêndios e queimadas. E são essas ocorrências que geram este perigoso. E com isso, por vezes, podem ter mais queimadas ou incêndios, causando mais ainda esse fenômeno atmosférico.

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Mas, afinal, por que a chuva com fuligem pode ser prejudicial? Além de aumentar risco de infarto, de derrames, crise de asma, bronquite, ela pode causar até fraqueza muscular e risco de demência. Tudo isso por conta do contato que ela gera entre seres humanos com as partículas finas de fuligem e gases tóxicos na atmosfera.

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Confira a seguir mais sobre o tema e ainda veja dicas de como prevenir a absorção e contaminação. As informações são do médico cardiologista e criador de conteúdo, André Wambier, do Canal Cardio DF. No Youtube, o especialista já possui mais de 5 milhões de inscritos.

Saiba mais sobre a chuva “preta”

Como a chuva com fuligem é formada?

Para explicar como a “chuva preta” ou fuligem é formada, o cardiologista usa as cidades como São Paulo, Brasília e Ribeirão Preto afetadas pela chuva com fuligem, como exemplo. Essas partículas, como PM2.5 (material particulado com diâmetro menor que 2,5 micrômetros), óxidos de nitrogênio (NOx), monóxido de carbono (CO) e compostos orgânicos voláteis (COVs), são transportadas pelos ventos e se misturam com a chuva, caindo sobre as cidades.

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Então, apresenta o fenômeno perigoso causado pela fumaça das queimadas. A névoa tóxica da chuva de fuligem é composta por partículas ultrafinas como PM2.5, monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis.

De que forma a chuva com fuligem é prejudicial à saúde?

As partículas ultrafinas e tóxicas podem penetrar profundamente nos pulmões e até na corrente sanguínea, causando sérios danos à saúde. A exposição prolongada ou intensa à fuligem está associada a diversos problemas respiratórios e cardiovasculares, como infarto, derrame, crises de asma, bronquite, irritação nos olhos e garganta, tonturas e dificuldade respiratória.

O perigo é ainda maior para quem possui condições preexistentes, como doenças pulmonares e cardíacas, crianças, idosos e gestantes, são particularmente vulneráveis. Segundo especialistas, essa inflamação crônica causada pelas toxinas da chuva de fuligem é o que aumenta o risco de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer.

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Essas substâncias também podem provocar inflamações nas vias aéreas e aumentar a suscetibilidade a infecções respiratórias ou cardiovasculares. De acordo com o médico especialista, um estudo da Environmental Health Perspectives mostrou que em áreas afetadas pela chuva com fuligem houve aumento de 7% das internações por infarto e 6% de crescimento nos Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC).

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Como se proteger da “chuva preta”

O alerta é de que até 15 minutos de exposição a monóxido de carbono já afetam o julgamento e a coordenação. É essencial usar máscaras de proteção como N95 ou PFF2, além de evitar a exposição, especialmente para grupos vulneráveis como crianças e idosos.

No Youtube, o médico ainda recomenda outros cuidados de proteção, como:

  • Feche janelas e use até mesmo panos úmidos para vedar frestas;
  • Evite atividades ou exercícios ao ar livre;
  • Use filtros de ar, preferencialmente, do tipo HEPA;
  • Tenha uma alimentação rica em nitratos naturais, que ajudam na circulação.

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