DEM
O presidente estadual do DEM, Paulo Gouvêa da Costa, encara a nova fase do partido como um recomeço. Após fazer 10 prefeitos em 2008, o partido ficou desfalcado de praticamente todas as lideranças após 2011, quando migraram para o recém-criado PSD. Com isso, o DEM elegeu apenas um prefeito em 2012, em Petrolândia. Neste ano, após uma reestruturação, o partido tem 10 candidatos a prefeito e 24 a vice. Na região, o DEM concorre diretamente em Pomerode, Barra Velha, Piçarras, Brusque e Penha. A expectativa é de eleger ao menos dois prefeitos. Uma arma para isso pode estar no número de filiados. Se o grande espólio de votos e lideranças do extinto PFL migrou para o PSD, no número de filiações o DEM é o terceiro maior partido do Estado.
Continua depois da publicidade
PDT
O presidente estadual do PDT, Manoel Dias, considera que o partido sofreu uma redução na região pelo crescimento de outro partido no campo popular, o PT. Na avaliação dele, com os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, o PT cresceu e tornou-se hegemônico, fazendo com que os demais partidos sofressem um esvaziamento. Além disso, Dias credita a queda do PDT ao descuido da organização interna. Segundo o dirigente, a sigla está retomando o seu conteúdo programático para voltar a crescer e ter espaço no campo popular.
PMDB
Continua depois da publicidade
O presidente estadual do PMDB, Mauro Mariani, pontua que historicamente o partido elege o maior número de prefeitos e que isso ocorre por ser um dos partidos que mais participam diretamente do processo. Como comparativo, ele menciona que neste ano o partido terá 212 candidatos a prefeitos e mais 65 concorrentes como vice em coligações. No Vale, Mariani destaca que o trabalho de deputados e lideranças regionais incentiva mais candidaturas, o que reflete nos resultados. Além disso, ele acredita que com a proibição do financiamento privado de campanha, a força da militância e de filiados incentivadores pode favorecer o partido na meta de superar o número de 16 prefeituras no Vale e 106 no Estado.
PP
O presidente estadual do PP, Espiridião Amin, vê o partido em um momento de reestruturação, mas acredita em crescimento razoável neste ano, impulsionado pelo número maior de candidatos. Algumas cidades citadas como exemplo de onde o PP foi para a disputa são Brusque, Ituporanga e Timbó. No entendimento dele, a perspectiva de disputar a corrida pelo governo do Estado em 2018 teria funcionado como uma “vitamina” que estimulou lideranças a colocar os nomes para as urnas. O dirigente analisa o movimento de mais candidatos do PP como contrafluxo ao aumento do número de partidos, que por vezes termina em resultados menores dos partidos em comparação com eleições anteriores.
PSD
O presidente do PSD em Blumenau, Cássio Quadros, recorda que nas últimas eleições, quando a legenda venceu em oito cidades, conseguiu vitórias que contribuíram com o começo do trabalho do partido, fundado em 2011. No entanto, reconhece que o número maior de candidaturas neste ano deve permitir um resultado mais significativo, superando o número de prefeituras. O dirigente destaca que a saída do governador do DEM de fato levou a maior parte das lideranças e do capital político do antigo PFL ao PSD e que também teve o reforço de filiados que migraram de outras legendas. A reportagem procurou dirigentes estaduais do partido e não foi atendida.
PSDB
O presidente estadual do PSDB, Marcos Vieira, credita o alto número de prefeituras conquistadas no Litoral como fruto de trabalhos feitos em gestões em Balneário Camboriú, Camboriú e Itapema. Outro fenômeno que teria resultado em mais candidaturas nos municípios neste ano seria a influência parlamentar de figuras como Leonel Pavan, Dalírio Beber e Paulo Bauer. Segundo ele, no Alto Vale o número de concorrentes triplicou, o que cria expectativa de voltar a aumentar o número de prefeitos em toda a região, como ocorreu até 2008. A gestão de Napoleão Bernardes, cidade que para o dirigente tem reflexo nas vizinhas, também anima os dirigentes.
Continua depois da publicidade
PT
O presidente estadual do PT, Cláudio Vignatti, avalia que o partido obteve mais prefeituras nos últimos anos por trabalhos locais. Um exemplo seria o caso de Blumenau, onde a experiência de Décio Lima teria favorecido vitórias futuras em Indaial, Gaspar e Brusque. Fenômeno semelhante é apontado no Alto Vale, onde o partido ocupa prefeituras de cidades de menor porte. Apesar disso, Vignati reconhece uma diminuição no número de candidaturas e a possível redução de prefeituras. Já o cenário nacional, apontado por muitos como calcanhar de Aquiles para projetos petistas, para Vignatti pode favorecer o partido por causa de dificuldades do governo interino e de uma rejeição popular ao impeachment.