Após a polêmica envolvendo um limite de “repetições” de merenda por alunos das escolas municipais de Joinville, a prefeitura passou a enviar um comunicado para pais e responsáveis dos estudantes. O texto diz que o município projeta até uma repetição por pessoa, mas que há flexibilidade conforme o caso.

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No documento, a prefeitura ressalta que o contrato prevê uma dimensão inicial de quanto alimento será necessário ter nas 167 unidades educacionais, sendo considerado um prato principal de merenda e uma repetição. O mesmo material, porém, cita que a orientação pode mudar conforme a necessidade. 

“Vale lembrar que nem todos os alunos repetem sempre todas as refeições, ao mesmo tempo em que alguns têm necessidade de repetir mais de uma vez. Estamos considerando essa flexibilidade e acompanhando de perto esta situação”. 

Documento da prefeitura de Joinville enviado para pais e responsáveis de alunos (Foto: Reprodução)

Procurada pela reportagem do AN na última quarta-feira (27), a prefeitura disse que faria novas reuniões com a empresa e direção das escolas para reforçar a orientação. Além disso, já havia dito que o comunicado seria enviado para os responsáveis dos alunos.

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Na mesma linha, o secretário de Educação, Diego Calegari, ressaltou na CBN Joinville que o caso se trata de uma “falha de comunicação” entre a prefeitura e as unidades de ensino.

— Algumas escolas fizeram a comunicação com um entendimento equivocado do modelo — pontua. 

Ele também reforça que o contrato é uma projeção quantitativa da comida a ser comprada e oferecida nas escolas, que, segundo o secretário, foi feita a partir de estudos.

— Posso ter uma criança que não queira comer, outra vai querer comer três vezes. É um parâmetro. Mas tem flexibilidade e garantia que todas as crianças vão se alimentar adequadamente — explica. 

Entenda o caso

A mudança no modelo da gestão de alimentação nas escolas municipais de Joinville gerou polêmica após ser criticada por professores e responsáveis de estudantes. De acordo com fontes ouvidas pelo AN, a prefeitura, junto com a empresa responsável pelo serviço, estariam limitando o número de refeições por aluno. O município, no entanto, diz que o caso se trata de um equívoco e reforçou para as escolas a orientação de que não devem existir limites.

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Na maior parte das escolas, a mudança entrou em prática na última segunda-feira (25), quando a Sepat – Multi Service Ltda passou a preparar e distribuir a merenda, comprar insumos, executar a logística, garantir o funcionamento dos equipamentos e cumprir exigências legais em relação ao número de profissionais, suas especialidades e segurança durante o trabalho. 

Uma das escolas, localizada no bairro Costa e Silva, chegou a emitir um comunicado impresso sobre o novo modelo das merendas, destacando o limite de até duas refeições por aluno. 

O município diz não ter certeza do que cada escola orientou, mas, após as críticas, fez um reforço para os gestores de todas as unidades educacionais da rede explicarem como será o novo modelo.

Por meio de nota oficial, a prefeitura ainda explica que “cada aluno recebeu uma carteirinha, que deve ser apresentada na hora de fazer a refeição. Estudantes a partir de 4 anos são orientados a servirem o próprio prato, colocando as quantidades das comidas que mais gostam de acordo com suas necessidades”.

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