Avaí e Joinville querem o acesso à Série A, mas os representantes catarinenses na Segunda Divisão também podem sonhar com o título. O Vasco, favorito a conquistar a taça, tropeça em problemas administrativos. A equipe carioca vive ano de eleição e, além da disputa pelo poder, o clube ainda tem que pagar dívidas. Fora do G-4 e sem treinador, o cruzmaltino está longe de ter um time que consiga sobrar no Campeonato Brasileiro.

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As equipes de SC vivem bom momento e apesar de não falarem em título, a situação da competição permite a eles sonharem com uma nova estrela no peito – Leão e JEC são campeões da Série C.

A conquista não seria inédita no Estado. Em 2002, o Criciúma levantou a taça comandado por Paulo Baier, mas o formato era diferente do atual. Desde 2006, o torneio é disputado em pontos corridos, onde o mais importante é regularidade.

– Fui contrato (contratado) para tirar o Coritiba de perto da zona de rebaixamento. Fiz os jogadores entenderem que temos que pensar jogo a jogo. O time encaixou e conseguimos manter uma regularidade. Depois, quando assumimos a liderança ficou mais fácil administrar a pressão de ser campeão, que é tão grande quanto a de não ser rebaixado – revela René Simões, campeão da Série B em 2007 com o Coxa.

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Investimentos também são necessários para conseguir um título. O salário em dia ajuda na administração do grupo, mas para o treinador Jorginho – campeão com a Portuguesa em 2011 -, o mais importante é ter qualidade técnica e física.

– Qualidade sempre é importante. Primeiro a qualidade técnica e depois física. Com isso, você tem que encontrar um time, muitas vezes demora e é ai que os dirigentes ficam impacientes, ainda faltam 19 rodadas para o final do campeonato tem muito trabalho pela frente – analisa Jorginho.

Administração do grupo nas vitórias

O sucesso na Série B de times com menos poder financeiro, caso de Avaí e Joinville, pode chamar a atenção de clubes da Primeira Divisão de olho em bons jogadores para o segundo turno. Por isso, é importante blindar esses atletas.

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– Alguns você não consegue segurar, mas outros é importante uma conversa a sós. Mostrar para eles que se deixarem o clube no final da temporada pode ser melhor, ele sairá mais valorizado – argumenta René.

Experiência também pode ser decisiva para o título, seja no comando técnico ou entre o grupo de jogadores. No JEC, Marcelo Costa e Ivan são apontados como atletas importantes para administrarem situações de vestiário. Já no Avaí, a liderança de Marquinhos e Eduardo Costa pode fazer a diferença.

– Você tem que ser sincero com os jogadores. Não adianta esconder as coisas, só assim eles vão confiar em você. E a cobrança não pode partir só da comissão técnica, os próprios atletas têm que enxergar o que é bom ou ruim para o grupo – defende Jorginho.

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