De acordo com a Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2023 já foi o ano mais quente já registrado. E a tendência é que, por inúmeros fatores como as mudanças climáticas e eventos que podem se intensificar, as temperaturas continuem altas num futuro próximo. A princípio, nosso corpo tem vários mecanismos para diminuir o calor, mas isso não impede que efeitos negativos e perigosos ocorram.
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Portanto, vamos apresentar nesta reportagem quais são esses efeitos e o que podemos fazer para mitigá-los. Leia na sequência.
Aumento de problemas com o calor
Antes de mais nada, precisamos trazer um contexto sobre como problemas de saúde relacionados ao calor têm se intensificado. No ano passado, o Brasil sofreu com fortes ondas de calor. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo (SES-SP), só nos primeiros sete meses do ano de 2023, os atendimentos e internações por quadros relacionados ao calor aumentaram 102% em relação a 2022.
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Como o corpo regula a própria temperatura?
De acordo com o médico e professor da USP Luiz Guilherme de Siqueira Branco, o ser humano é homeotérmico, ou seja, capaz de regular a temperatura corpórea através de mecanismos biológicos.
Assim como vários outros mamíferos, nós conseguimos manter a temperatura relativamente controlada mesmo com as variações externas. Segundo Branco, isso é fundamental para manter as reações bioquímicas do nosso corpo em pleno funcionamento. Sendo que no caso das altas temperaturas, nosso corpo dilata alguns vasos, produz suor e aumenta a ofegação.
Como o corpo reage com o excesso de calor?
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Assim como já foi citado, nosso corpo tem mecanismos de defesa para controlar a temperatura. E esse trabalho pode colaborar para a aparição de alguns sintomas, como uma espécie de alerta do organismo. De acordo com o CDC, que é o centro de controle e prevenção de doenças dos Estados Unidos, os seguintes sintomas devem denotar atenção.
- Dor de cabeça;
- Náusea;
- Tontura;
- Alta temperatura corporal acima de 38, 8ºC;
- Perda de consciência e desmaios.
Além disso, quadros como desidratação e cãibras são bastante comuns, tendo em vista que o corpo perde muita água ao produzir suor e ofegância para resfriar a temperatura interna. Já casos de pressão baixa podem aparecer oriundos da dilatação de vasos.
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O que fazer em caso de mal-estar com altas temperaturas?
Agora que você sabe quais são os sintomas do excesso de calor, é necessário entender o que fazer para diminuir o mal-estar. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), se a pessoa se sentir tonta, ansiosa ou com forte dor de cabeça durante uma onda de calor, a recomendação é ir para um local ameno e medir a temperatura corporal. Além disso, deve beber água ou suco de fruta para hidratar.
Em casos mais graves, por outro lado, com sintomas como convulsões e desmaios, a OMS recomenda chamar um médico ou ambulância e tomar algumas ações imediatas.
De antemão, a pessoa deve ser levada para um lugar fresco, colocar deitado e levar pernas e quadris para cima enquanto aguarda socorro. Por fim, retire as roupas dessa pessoa e comece o resfriamento do corpo, colocando compressas geladas no pescoço e nas axilas, ventilar o indivíduo e não dê paracetamol e ácido acetilsalicílico.
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Como se prevenir dos problemas de calor?
Recentemente, o Governo Federal reforçou suas orientações para dias de calor excessivo, através do Ministério da Saúde. As orientações são as seguintes:
- Aumentar a ingestão de água e sucos naturais sem açúcar mesmo sem sede;
- Evitar bebidas alcóolicas e com alto teor de açúcar;
- Evitar a exposição ao sol das 10h às 16h;
- Utilizar protetor solar;
- Proteja crianças com chapéus de abas;
Já para deixar as residências menos quentes, a OMS deixou algumas recomendações. Dentre elas está checar a temperatura da casa, que deve estar abaixo de 32º C de dia e 24º C a noite. De manhã cedo, indica-se abrir todas as janelas da casa, assim o calor interno vai diminuir. Por fim, quem tem ar condicionado deve fechar a casa e diminuir o uso de eletricidade para evitar sobrecarga e apagões.
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