Uma das principais virtudes em um projeto, em qualquer área, é a convicção. E, por óbvio, um dos maiores defeitos de uma empreitada é a falta de convicção.

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Estas máximas, aplicadas no mundo do futebol, ganham mais força ainda.

Acompanhamos, a passos largos, o Internacional rumar à segunda divisão. E um Cruzeiro e um São Paulo penarem próximos ao Z-4 na Série A do Brasileiro.

Clubes com potencial financeiro descomunal só chegam neste estágio, como acontece anualmente com outros gigantes do nosso futebol, por absoluto descompasso entre lógica e ação. E por falta de convicção em suas metas, estratégias e gestão.

Convenhamos, um Barcelona, um Real, um Bayern e/ou qualquer dos grandes ingleses podem até cair. Mas seria exceção. Aqui no Brasil, não. Exceção é um grande não cair ou não viver um drama todo ano.

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Aqui em SC, nossos cinco tops experimentaram um crescimento nacional que os colocou entre séries A e B. E muito do crescimento ocorreu por um misto de méritos nossos e de incompetência dos gigantes em administrarem a fatia desproporcional que recebem de verbas.

Foi um grande feito no conjunto de nosso futebol. Como dar um passo adiante de consolidação no cenário de elite que envolve os 40 melhores do país?

Este é o dilema agora. Até porque, nesta temporada, estamos todos vivendo a síndrome do “quase”, em níveis diferentes, é verdade. Uns contra o rebaixamento, outros pelos g-4 das séries A e B.

Corremos sério risco de a Chapecoense “quase” chegar ao G-4 e “quase” avançar na Sul-Americana. E o Figueirense “quase” escapar do rebaixamento.

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Avaí e Criciúma miram o acesso, mas “quase” conseguir é uma ameaça. E o JEC afunda na areia movediça, pode “quase” escapar da Série C.

Transpor esta realidade. Para, com convicção e gestão, atingir metas maiores dos que as estabelecidas na temporada anterior, deveria ser o mantra dos clubes catarinenses.

O discurso geral é de “escapar primeiro do rebaixamento, depois buscar metas maiores”. Este pensamento contamina jogadores e até torcedores. Temos que mudar o discurso e as ações.

Se reproduzirmos o que leva os grandes brasileiros ao atual cenário, logo seremos mais do mesmo. Agir com ousadia na montagem do time e coragem nas metas é a única solução para os clubes catarinenses.

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