As eleições municipais deste ano em Santa Catarina voltam a ocupar papel decisivo na perspectiva da próxima disputa ao governo estadual. Esta tradição histórica explica, por exemplo, as incontáveis reuniões e conversas políticas, intensificadas entre os líderes dos partidos – uma sucessão de articulações em que se desdobram, de forma mais contundente, os dirigentes das maiores legendas. A eleição de Florianópolis, por isso mesmo, monopoliza as atenções sobre as coligações entre os principais municípios catarinenses.

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É a grande vitrine política. A expectativa aumenta, sobretudo, pela decisão a ser tomada pelo PSDB, a noiva mais disputada das eleições.A leitura feita nos meios políticos está próxima do consenso: se os tucanos na Capital optarem por apoiar o deputado Gean Loureiro, do PMDB, seu favoritismo aumenta, criando até a hipótese de vitória no primeiro turno. Se o PSDB aliar-se à ex-prefeita Ângela Amin, do PP, o jogo fica mais disputado e o resultado ficaria na dependência de agregações no segundo turno. Caso em que a posição de Raimundo Colombo poderá ser vital para o resultado.O governador é o principal líder do PSD e apoia o professor Rodolfo Pinto da Luz, mas o presidente estadual Gelson Merisio está fechado com Ângela Amin.

Colombo dá sinais de que a candidatura de Pinto da Luz não decola. Está procurando um nome para ser vice do ex-secretário Murilo Flores, do PSB. A saber o que fará Pinto da Luz. E, especialmente, como reagirá a militância do PSD, com a eventual desistência de Rodolfo.Faltam apenas dois meses para as eleições e o cenário eleitoral está aberto em Florianópolis e em dezenas de cidades. Numa eleição singular, esta é outra circunstância inédita em Santa Catarina.

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