Recentemente, quando recebeu o diploma honorário de Harvard — 14 anos após ter deixado o curso de programação na instituição —, o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, fez um discurso emocionado para a turma de formandos de 2017. “O desafio da nossa geração é criar um mundo onde todos tenham um senso de propósito. (…) O propósito é aquele sentido de que fazemos parte de algo superior a nós mesmos, que temos algo melhor no futuro pelo qual devemos trabalhar. O propósito é o que cria a verdadeira felicidade.”

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Mark revelou que sua esperança, ao idealizar a maior rede social do mundo, não era criar uma empresa, mas um impacto (hoje avaliado em US$ 60 bilhões). “Lembro-me da noite em que lancei o Facebook, em meu pequeno dormitório em Kirkland House. Lembro-me de ter dito ao meu amigo que estava entusiasmado para conectar a comunidade de Harvard, mas que algum dia alguém conectaria o mundo inteiro. Acontece que nunca pensei que esse alguém poderia ser nós”.

O discurso de Mark, centrado no significado daquilo que fazemos e produzimos como legado, me fez lembrar dois outros inputs convergentes. Um deles aconteceu durante a Sessão Ciência da Felicidade, no encerramento da Expogestão 2017. João Paulo Pacífico, presidente do Grupo Gaia, destacou a importância de quebrar a sequência “trabalhar para ter sucesso para ser feliz” e mostrou como um propósito ajuda a conectar as pessoas na sua organização, especialmente a geração Y.

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Devemos ser felizes para trabalharmos felizes, e o sucesso virá naturalmente”, disse Pacífico. Na ONG Gaia +, voltada para a educação, foram impactadas mais de duas mil crianças e treinados 130 professores de quatro Estados. Ações como esta têm despertado o desejo de fazer parte da companhia. Numa seleção de profissionais na qual dispunha de 12 vagas, o Grupo Gaia recebeu currículos de 31 mil candidatos.

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O outro input veio do livro “Good is the New Cool” (“Fazer o Bem é a Nova Tendência”, em tradução livre) dos especialistas em marketing Afdhel Aziz e Bobby Jones. Os autores defendem que o marketing tradicional, baseado apenas em publicidade, está em crise e que a as empresas devem utilizar a força de suas marcas para mobilizar as pessoas em prol de boas causas. Ou seja, de propósitos.