Apenas 35 dos 346 municípios gaúchos que se inscreveram no programa Mais Médicos foram contemplados com profissionais na primeira fase, o que representa aproximadamente 10% do total. Porém, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforça que em 15 de agosto terá início a segunda etapa de inscrições, o que deve aumentar o número de profissionais destinados ao Rio Grande do Sul.

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– O processo de seleção ainda não se encerrou. Temos um grupo de médicos que já escolheu município, outro que ainda pode fazer a opção e ainda tem uma situação de médicos que escolheram a própria cidade e que não seria possível, senão não seria o programa Mais Médicos e sim troca de médicos. Estabelecemos filtros muito claros para impedir casos em que, por exemplo, a prefeitura demitiria o médico que já trabalha no posto de saúde e esse médico passaria a ser remunerado pelo programa – explicou Padilha em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha.

Ainda segundo o ministro, profissionais de 61 países demonstraram interesse em vir trabalhar no Brasil, a maioria da Espanha, Argentina, Portugal e Uruguai. O ministro assegura que os brasileiros serão priorizados, mas não está descartada a opção pelos estrangeiros:

– Os municípios pediram mais de 15 mil médicos. Nós acreditamos que uma parte significante dessa demanda será suprida por brasileiros. Caso ainda assim sobrem cidades com falta de médicos, serão chamados do Exterior, como muitos países da Europa fazem.

Na terça-feira, o governo federal voltou atrás e retirou o projeto que previa estágio de mais dois anos no Sistema Único de Saúde (SUS) para estudantes de Medicina. Com isso, a grade curricular passaria de seis para oito anos. Segundo Padilha, a decisão não foi um retrocesso, e sim um avanço, pois a Medida Provisória abria a possibilidade de diálogo com as escolas de Medicina.

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– O debate vai agora para o Congresso – finalizou.