Em 2019 foram registrados 38 casos de feminicídio em Santa Catarina. A coordenadora das delegacias de proteção à criança, adolescente mulher e idosos, delegada Patrícia Zimmerman, diz que todos os casos são resolvidos com identificação de autoria.

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— Nós temos 100% dos casos resolvidos. Não é o endurecimento da pena ou a certeza da punição que vai resolver. O problema é cultural. Muito homem se acha no direito de tirar a vida da própria esposa — afirma a delegada.

Difundir o conceito de respeito à mulher é uma forma de prevenção. Em setembro, quinhentos jovens estudantes vão concluir o curso de 10 horas feito pela Polícia Civil nas escolas. A ideia é tratar de violência doméstica familiar contra a mulher. O projeto conta com apoio do núcleo de psicologia da UFSC, Secretaria Estadual de Educação e já ocorre em 14 cidades.

Até o dia cinco de agosto, segundo o Tribunal de Justiça, havia 12.561 processos de medidas protetivas em andamento. Vale ressaltar que muitas mulheres agredidas e mortas estavam já com medida protetiva, sinal de que o sistema não protege como deveria. Em breve, será disponibilizado o botão de pânico para a mulher acionar via telefone celular quando estiver em situação de perigo. É mais uma ferramenta que pode ajudar.

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