“O problema é a identificação”, diz delegado sobre mulher esquartejada na Serra de SC

Responsável pela investigação de um crime bárbaro na Serra catarinense, em que uma mulher entre 20 a 25 anos teve o corpo esquartejado e colocado dentro de uma mala, em São Joaquim, o delegado Diego Azevedo disse que ainda não há nenhuma pista que leve a polícia a identificá-la.

O delegado não descarta que a vítima possa ser do Rio Grande do Sul ou Paraná. Uma das suspeitas é que a jovem possa ter envolvimento com a prostituição:

O delegado Wanderley Redondo (Delegacia de Desaparecidos) suspeita que a vítima possa ser do Rio Grande do Sul ou Paraná. Existe a possibilidade?

A gente acredita que o crime possa ter ocorrido de sábado para domingo, bem recente. E como tava um fim de semana bem movimentado em São Joaquim, nos dias 7 e 8 e até em razão de ser cidade turística, pode ser pessoa do Paraná ou Rio Grande do Sul. O grande problema nosso é a identificação da vítima.

Alguma pista nos últimos dias?

A princípio não. A gente está aguardando alguma denúncia anônima, a equipe de investigação deu uma olhada na região e outro problema é que não há câmeras ali e nada no local onde foi encontrada a mala, algo que pudesse dar uma direção, um veículo. Também não tem testemunha presencial ou atitude suspeita.

Essa informação de ser possível garota de programa também é investigada?

Também é investigada. É uma linha que a gente apura e que conversei com o delegado Wanderley Redondo. Estranhamos na região Serrana não ter boletim de desaparecimento. O pessoal envolvido com a prostituição mantém contato esporádico com a família, uma vez por mês, a cada 15 dias, geralmente. Então talvez a família ainda não tenha conhecimento que ela esteja desaparecida e em razão disso não tenha ocorrido ainda o boletim de ocorrência de desaparecimento.

Existe expectativa de algum boletim de ocorrência nos próximos dias possa ajudar?

Pode aparecer quando a família tentar fazer contato com ela e não conseguir. Quando é feito o boletim aparece no sistema da Delegacia de Pessoas Desaparecidas e aí sim vai para a papiloscopista que faz o confronto.

Esse homicídio pode ter ligação com outro crime na região?

A princípio não, nenhuma relação com outro crime. A partir do momento que descobrirmos quem é a vítima vamos nos familiares, amigos, aí para ter uma noção.

Nenhuma pista então até o momento do possível autor?

Não. O problema é a identificação. Quanto tivermos a vítima identificada aí coletamos depoimentos de familiares e amigos próximos e aí com certeza teremos uma linha mais concreta de investigação e de um possível suspeito.

É um crime bárbaro, a vítima dentro de uma mala… tudo indica algo premeditado?

Pode ter ocorrido em outro local e a pessoa ter desovado ali, uma coisa ainda mais sinistra digamos assim.

E as outras partes não localizadas (cabeça e tronco)?

Nada ainda. Isso intriga mais a gente ainda.