Demorou, mas aconteceu. O primeiro empate do Figueirense – 2 a 2 com o Malutrom – poderia até ser comemorado como um feito razoável, tendo em vista que, até então, o alvinegro não havia contabilizado uma boa campanha fora de casa. Mas as circunstâncias do jogo contra o time paranaense deixaram uma sensação de que o Figueira perdeu dois pontos de uma possível vitória. Acontece que o time de Vágner Benazzi, mesmo não jogando uma partida irrepreensível, saiu na frente do marcador na primeira etapa e, no segundo tempo, quando costuma jogar melhor, cedeu a virada e teve que buscar a igualdade. A equipe poderia ter aproveitado a imparcialidade do ambiente – o estádio tinha mais torcedores do Figueira que do adversário – para ter um desempenho mais convincente. Menos mal para os quadros do Estreito que o empate garantiu um bom clima para a preparação rumo ao clássico de domingo. Chance perdida O Avaí saiu perdendo o confronto contra o União São João, mas soube reagir rapidamente. Pena que tenha perdido chances de gol que poderiam ter estabelecido a vantagem no marcador. O importante é que não perdeu, mantendo grande a motivação para o clássico, embora os dois pontos que deixou de conquistar possam fazer falta mais à frente. Em termos de resultado, foi tudo muito parecido entre os times da Capital. A viagem O presidente do Figueirense termina, neste final de semana, sua viagem à Europa. Foi conhecer a estrutura dos grandes clubes e manter contatos visando ao futuro. Em Barcelona conversou com Rivaldo. Em Madri, assistiu ao Real enfrentando à Roma, ontem. Conheceu algumas personalidades ilustres e encaminhou alguns negócios. Um raposão felino do Senadinho da Rua Felipe Schimidt não resistiu: “Parece que acabou mesmo o tempo das vacas magras”. Agora, o clássico A partir de hoje todas as atenções estarão voltadas para o clássico. Uma primeira preocupação do Avaí é o tal contrato que será assinado com a Globosat, amanhã, em São Paulo. Já andam falando por aí que o clássico poderia ser a primeira transmissão da Sportv. Só se for domingo, às 18h. Fora disso, o Avaí já comunicou à FCF que não concorda. Se insistirem, não assinará o contrato. Ausência A primeira grande ausência já confirmada para o clássico é a do presidente da FCF, Delfim Peixoto Filho. Mesmo tendo melhorado seu relacionamento com o Avaí, que diz ser o clube do seu coração depois do Marcílio Dias, Delfim entende que o clássico não é o jogo para marcar seu retorno. Acha que aquela famosa meia dúzia pode incomodá-lo. Momento difícil O nosso Guga está num momento difícil de sua carreira. Ao mesmo tempo em que está entre os melhores do mundo, na prática apresenta uma queda de produção estarrecedora. Momento de reflexão para o nosso maior orgulho no esporte. E de compreensão de seus fãs e admiradores. Terá condições? A cidade de Chapecó poderá ter dois representantes no Campeonato Estadual de 2002. Há muitos anos que isso não acontece. Basta o Atlético, que atualmente disputa a Segundona, estar entre os primeiros colocados, o que é perfeitamente possível, e o Conselho Técnico aprovar o aumento do número de clubes na divisão especial, o que também é certo. Apenas uma pergunta se impõe: haverá condições para dois times na cidade? Recentemente a Chapecoense viveu momentos dramáticos quando se falou, inclusive, em fechar as portas, encerrando definitivamente as atividades do futebol. Os empresários deram a volta por cima, se reuniram e não deixaram morrer uma tradição do futebol catarinense. E o Atlético? Está bem escorado para suportar um campeonato que vai de fevereiro a julho? São perguntas cujas respostas precisam ser rápidas para permitir emoções fortes e uma saudável rivalidade na cidade. Vamos conferir.
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