Nos primeiros oito meses de 2013 o trecho que vai do Km 69 ao Km 59, na Rodovia Guilherme Jensen, SC-108, já fez mais feridos do que durante todo o ano passado. O número de mortos nestes dez quilômetros de rodovia já são iguais: quatro, em 2013 e 2012.

Continua depois da publicidade

Já a quantidade de feridos neste ano é de cinco pessoas a mais, durante todo 2012. Nos dados fornecidos pelo setor de Estatística da Polícia Militar Rodoviária (PMRv) não está incluso o motorista que quebrou o braço em uma colisão entre duas carretas, sexta-feira de manhã. Diante do que restou do veículo no pátio da PMRv na Vila Itoupava, é difícil acreditar que Nilton Gomes, 42 anos, tenha saído vivo da cabine a.

O acidente ocorreu no Km 64 da rodovia, num trecho conhecido como Serra da Vila Itoupava e deixou os dois sentidos da via interditados por cerca de três horas. As duas carretas, com placas de Castro, Paraná, colidiram. Outros dois veículos, um Clio, de Blumenau e um Ágile, de São Francisco do Sul, também se envolveram no acidente. O borracheiro Alexandre Bublitz, 40, que mora às margens da SC-108, conta que nos últimos 20 dias, foram pelo menos três acidentes no trecho. Dois, com mortes.

O técnico mecânico Jair Scaburri, 47, também vive próximo ao local e sugere algumas medidas para diminuir os acidentes: um sensor de velocidade ou proibir a ultrapassagem no trecho. Scaburri vive perto da rodovia há cerca de 20 anos e conta que andar nos acostamentos da pista ficou arriscado:

Continua depois da publicidade

_ O volume e a velocidade do tráfego aumentaram muito. Não ando mais de bicicleta ali.

Jadir Wanderlei Inocêncio, 45, trabalha como motorista há 15 anos, e circula diariamente pela SC-108. Ele acredita que o número de veículos aumentou e as condições da pista melhoraram. Quanto aos acidentes, assume que parte da culpa é da imprudência dos condutores.

O comandante do Posto da PMRv da Vila Itoupava, Nildo Pasta, destaca a irresponsabilidade dos motoristas. Além da falta de cautela, Pasta cita o excesso de velocidade no trecho como causas de acidentes.

O sargento ainda esclarece que as colisões no local têm características muito diferentes das que ocorrem no trecho da rodovia até o trevo da Mafisa. No local foram registrados 370 acidentes, mas nenhuma morte.

Continua depois da publicidade

_ Do Km 80 até o posto da PMRv, é um trecho muito mais urbano, em que os motoristas são obrigados a andar em velocidade menor. Ali, é difícil passar um dia em que não ocorra pelo menos um acidente _ explica o comandante.