O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, já confirmou que vai iniciar sua prometida operação de deportação em massa de imigrantes que estejam ilegais nos Estados Unidos assim que assumir o cargo, no dia 20 de janeiro. As informações são do g1.

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Segundo analistas, no início de 2022, haviam cerca de 11 milhões de imigrantes vivendo ilegalmente ou com status temporário nos EUA, mas esse numero já pode chegar aos 14 milhões, em 2024.

Os dados também indicam que 54% desses imigrantes que buscam se legalizar como cidadãos vivem nos EUA há pelo menos 10 anos (ou mais), e estão mais concentrados nos estados da Califórnia e do Texas.

De acordo com a agência de notícias Reuters, aqueles com proteções temporárias não são imediatamente deportáveis ​​e muitos vivem em estados “santuários”, que limitam a cooperação com a fiscalização federal de imigração.

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Totalizando 4,8 milhões de um total de 11 milhões, quase metade dos imigrantes ilegais nos EUA em 2022 vieram do México, de acordo com um relatório do Departamento de Segurança Interna dos EUA.

Contudo, desde janeiro de 2022, cerca de 2 milhões de imigrantes de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela foram pegos cruzando ilegalmente ou autorizados a entrar por meio de programas humanitários da era Biden. Guatemala, El Salvador e Honduras também são países de onde vêm um grande número de imigrantes.

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Trump pretende encerrar os programas de entrada criados por Biden, incluindo um para imigrantes com patrocinadores dos EUA e outro que permite que migrantes no México usem um aplicativo para entrar por uma travessia legal de fronteira. O Departamento de Segurança Interna dos EUA, o Centro de Estudos de Migração de Nova York e outras instituições usaram dados do Censo dos EUA e outros números para estimar o número de imigrantes existentes no país em 2022: cerca de 11 milhões.

As estimativas incluem pessoas que têm proteção humanitária temporária. No dia 30 de setembro, 1,1 milhão estavam cobertas pelo Status de Proteção Temporária (TPS), que concede alívio de deportação e dá acesso a autorizações de trabalho. Essas concessões de TPS duram de seis a 18 meses, mas podem ser renovadas indefinidamente para pessoas que já estão nos EUA se seus países de origem forem considerados inseguros devido a conflitos armados, desastres naturais ou outras circunstâncias extraordinárias.

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O presidente Donald Trump tentou acabar com elas durante seu mandato de 2017-2021, mas foi bloqueado por tribunais federais. É esperado que ele tente encerrar a maioria das inscrições quando as proteções expirarem, mas o processo enfrentaria litígio.

Outros imigrantes têm um status semelhante, conhecido como Partida Forçada Diferida (DED), que Trump também pode tentar reverter. Já outras 535 mil pessoas têm alívio de deportação e autorizações de trabalho por meio do programa Ação Diferida para Chegadas na Infância (DACA) para imigrantes “Dreamer” trazidos ilegalmente para os EUA quando crianças.

Trump também tentou acabar com o programa DACA durante seu primeiro mandato, mas foi rejeitado pela Suprema Corte. Agora, embora Trump tenha dito que está aberto para um acordo para proteger os “Dreamers”, a mesma medida é esperada.

Além dos que estão protegidos por esses programas, o grupo de defesa da imigração FWD.us projeta que 10,1 milhões dos imigrantes no país vivem com um cidadão americano ou residente permanente, o que é conhecido como “família de status misto”.

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Em complemento, pelo menos 5,1 milhões de crianças cidadãs dos EUA vivem com um pai imigrante que não tem status legal, de acordo com uma análise de dados governamentais. O número indica que uma iniciativa de deportação em larga escala provavelmente separaria famílias e afetaria milhões de cidadãos e residentes permanentes dos Estados Unidos.

Onde estão os imigrantes ilegais e há quanto tempo vivem nos EUA

De acordo com as estimativas do Centro de Estudos de Migração de Nova York, a Califórnia é o estado com mais imigrantes ilegais nos EUA, com cerca de 2,2 milhões em 2022. O Texas fica logo atrás com 1,8 milhões, seguido pela Flórida (936 mil), Nova York (672 mi), Nova Jersey (495 mil) e Illinois (429 mil).

Califórnia, Nova York, Nova Jersey e Illinois, todos redutos (de onde vêm massivamente seus votos) democratas, estão entre os 11 estados com leis ou políticas de “santuário”, que limitam a cooperação com as autoridades federais de imigração, segundo o Immigrant Legal Resource Center. São cerca de 44%.

A maioria dos detidos pelo Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) é pego quando cruzam ilegalmente a fronteira ou é encaminhado de prisões e cadeias estaduais e locais. As autoridades policiais em estados santuários (que garante, por meio de leis, mais direitos aos imigrantes indocumentados e documentados) geralmente se recusam a alertar o ICE quando detêm ou liberam um imigrante elegível para deportação.

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Conforme informações do relatório do Centro de Estudos de Migração de Nova York, cerca de 54% dos imigrantes ilegais nos EUA viviam no país há mais de 10 anos em 2022.

*Sob supervisão de Luana Amorim

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