– Sempre fui positivo, nunca fui pessimista ou de desanimar – afirma o técnico hidráulico aposentado Luiz Felipe Wanderley sobre a sua luta pela vida desde que em 1990, aos 18 anos, um acidente doméstico comprometeu o funcionamento dos rins. Na época, ele morava em Londrina (PR) e levou um choque elétrico ao mexer numa tomada que, ao contrário do que imaginava, ainda estava energizada.
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– Achei que o disjuntor estivesse desligado e, além disso, o chão estava molhado – relembra Luiz Felipe, que mudou-se para o Norte catarinense no início dos anos 2000.
Morou em Joinville, onde atuou como instalador de equipamentos preventivos de incêndio enquanto driblava as previsões pessimistas das equipes médicas quanto às perspectivas de vida em função da doença renal crônica.
– Fazia ciclismo e atividades físicas, sempre procurei ter uma vida normal, tanto que meus amigos nem sabiam da minha doença.
A rotina da hemodiálise começou em meados de 2012, quando o rim parou de funcionar. Em março do ano passado, entrou na fila do transplante, realizado com sucesso em 4 de maio do ano passado.
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Durante os 95 dias de internação, no Hospital São José, outra reviravolta na vida do paranaense radicado em Santa Catarina: conheceu a técnica em enfermagem Cleuza Borghezan, 36 anos, com quem começou a namorar meses depois de receber a tão esperada alta hospitalar. Moram juntos desde novembro de 2013, em Araquari.
– Quis mostrar a minha história para servir de exemplo, para servir de exemplo e estimular os transplantes. Hoje estou muito feliz e com uma vida melhor e agradeco a Deus por esses milagres – afirma Luiz Felipe.