O casal apaixonado tem muita história pra contar: causos de lobisomem, bruxaria, revolução. E por que não contar a história deles? Aquele “amor bonito foi aquele amor (…)”, já diz a letra da música do Padre Zezinho, que inspirou as Bodas de Cereja comemorada no ano de 2013. Ele, Arnoldo Leonel, nascido em 22 de julho de 1929 no Furadinho, em uma família humilde de agricultores – profissão que seguiu -, sempre gostou de dançar, cantar e tocar violão e viola. O sorriso é sua marca registrada. Ela, Ivanilde Botelho Leonel, nascida em 11 de abril de 1935 na Praia de Fora, em uma família humilde de pescadores, aprendeu a fazer renda para ajudar no orçamento da família, dedicou-se ao ensino do magistério e da catequese, sendo católica fervorosa.
Continua depois da publicidade
Foram se encontrar em novembro de 1952 em uma domingueira na casa da irmã do noivo, onde dançaram, conversaram e decidiram namorar. Em agosto de 1953 noivaram e em 27 de fevereiro de 1954 casaram-se na capela da Santa Cruz na Praia de Fora, em Palhoça. Como eram muito humildes, foram a pé até o local do casamento. Tendo à sua volta na caminhada as testemunhas padrinhos e pais dos noivos, naquele altar disseram seu primeiro sim! Retornaram até a casa dos pais da noiva na beirinha da praia, onde almoçaram festivamente. Depois, o noivo tocou violão e todos dançaram na sala da simples casinha. Ô felicidade! À tarde, pão de ló e café, e o baile continuava com a turma animada.
Ivanilde era professora e viajou o Estado com a missão de ensinar e Arnoldo a acompanhou. Passaram por Caçador, Ituporanga, Rio do Sul, Aurora, Alta Fruteira e voltaram ao Furadinho ,em Palhoça, onde vivem até hoje. Deste enlace nasceram os 10 filhos, 18 netos e cinco bisnetos. Mesmo aos 84 anos, Arnoldo cultiva a terra em sua horta ao lado de casa. Tem verduras e frutas que faz questão que os netos comam, pois não tem “veneno” como intitula o agrotóxico.
Aos 79 anos, Ivanilde canta e compõe – inclusive gravou um CD com composições próprias junto com o amado -, faz artesanato e adora cozinhar. Neste mês foi realizada a festa dos 60 anos de casados do nosso casal diamantado. Sessenta anos de muito amor e paciência, companheirismo e solidariedade, compreensão e paixão pelo amor, pela vida e pelo matrimônio. Exemplo a ser seguido não apenas por familiares e amigos, mas por todos que ainda acreditam no amor e na convivência como melhoramento para o ser humano.
Continua depois da publicidade