A última turma de Direito formada ainda sob a égide de nossa Faculdade de Direito de Santa Catarina da Rua Esteves Júnior, 11, em Florianópolis, completou 49 anos em dezembro e comemora bodas de ouro em 2014. Depois de 1964, o curso passou a integrar a recém-fundada Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

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O professor João David Ferreira Lima nos ministrou sua última aula de Ciência das Finanças, transferiu o material de aula ao substituto e anunciou sua próxima posse na reitoria. Essa histórica turma iniciou com cem alunos, em dois turnos de 50 – aprovados em um concorridíssimo vestibular diante de bancas constituídas por destacados mestres em seus quadros: Othon Gama d’Eça, Madeira Neves, Osmundo Wanderley da Nóbrega e outros. Remanesce entre nós, Alcides Abreu.

Uma expressiva turma, pois, forjada em um momento de intensas turbulências sociais e políticas no país, com expressivos anseios democráticos e sede de justiça. Viriam seus integrantes, pois, trazer valorosa contribuição profissional neste já delongado período de meio século, nos diversos campos de atuação do Direito – advogados, juízes, desembargadores, ministros, professores, parlamentares, promotores, procuradores, militares, funcionários públicos, empresários e outros. Hoje, certamente no limbo da serenidade dos septuagenários, administram o seu merecido “ócio remunerado” e comemorarão meio século de conquista. Todavia, dos que já partiram de nosso convívio, ficaram a saudade e a lembrança dos anseios que juntos comungamos pelo ideal do Direito e da Justiça desde o convívio acadêmico até seus últimos dias entre nós. Dentre eles, desejo evocar a lembrança do saudoso colega dr. Nelson Antunes Martins no sublimado instante em que seu ilustre filho, desembargador Nelson Juliano Schaefer Martins, assume a chefia do poder Judiciário de nosso Estado.

E se me fosse permitido o direito de lhe sugerir apenas um mote, uma simples marca de gestão à frente de nosso tradicional judiciário catarinense, lembrar-lhe-ia, tão somente um simples anseio que partilhamos, eu e seu pai, desde estudantes, até nos anos todos em que vivenciamos nosso trabalho e constatamos ser uma unanimidade entre os que dignificam sua vida no culto ao direito e à justiça: celeridade processual.

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