O estudo dos processos produtivos consagrou na literatura a expressão mão de obra para definir o trabalho ou o conjunto de trabalhadores envolvidos na produção de um bem ou na prestação de um serviço. O termo está incorporado à nossa linguagem, mas sugere tarefas repetitivas, que nos remetem a cenas como as de Charles Chaplin em Tempos Modernos. Por isso, a Fiesc riscou a expressão do seu dicionário. Na era do conhecimento não faz mais sentido falar em mão de obra, pois o papel do trabalhador ganha relevância cada vez maior. É ele, e não o maquinário, que vai determinar o nível de competitividade.

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Só com foco no aumento da produtividade e na inovação a indústria terá condições de enfrentar a concorrência externa, superando questões que estão fora das empresas e que oneram os produtos, como a legislação trabalhista ultrapassada, a burocracia infernal, a infraestrutura deficiente e a carga tributária. Nenhum país inova ou ganha produtividade sem contar com trabalhadores qualificados.

A Alemanha é uma ótima referência, pois lá os cursos técnicos são valorizados e constituem diferencial fundamental para a indústria, decisivo para o país enfrentar a crise que abala a Europa. A indústria catarinense está atenta e mais de mil empresas já aderiram ao movimento A Indústria pela Educação, liderado pela Fiesc, comprometendo-se a apoiar essa qualificação.

Com trabalhadores cada vez mais preparados teremos condições de promover uma transformação estrutural na indústria, tornando-a mais moderna, flexível, inovadora e competitiva. O setor, responsável por mais de 700 mil empregos diretos, contribuirá ainda mais para o desenvolvimento do Estado e para o bem-estar e a qualidade de vida das famílias.

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