O papa Francisco denunciou no domingo (18) o “estrondo de alguns poucos ricos” que impede que se ouça o “clamor dos pobres” durante o segundo Dia Mundial dos Pobres.

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O pontífice celebrou a missa dominical na Basílica de São Pedro, em Roma, na presença de 6.000 pessoas pobres. “Injustiça é a raiz perversa da pobreza”, disse diante deles.

“O grito dos pobres está cada dia mais forte, mas também menos ouvido, sufocado pelo barulho de alguns poucos ricos, que são cada vez menos, mas mais ricos”, afirmou.

“Vamos pedir a graça de ouvir o grito daqueles que vivem em águas turbulentas”, acrescentou. “É o grito de tantos Lázaros que choram, enquanto alguns epulões se deleitam com o que na justiça corresponde a todos”.

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Estava previsto que o papa comeria com 3.000 pessoas desfavorecidas depois da missa no Vaticano.

O Vaticano também oferece assistência médica gratuita. No ano passado, por ocasião do primeiro Dia Mundial dos Pobres, mais de 600 pessoas receberam atendimento médico.

Hoje, iniciativas semelhantes estão sendo realizadas em outras dioceses da Itália e do mundo.

Desde o início de seu pontificado em 2013, o Papa denuncia a “globalização da indiferença” e reitera que deseja uma “Igreja pobre para os pobres”.

* AFP