“O papa ama a China”, assegurou em Pequim uma autoridade do Vaticano, embora a Santa Sé e o regime comunista não mantenham relações oficiais.

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“O papa Francisco ama a China e ama o povo da China, sua história e sua população. Esperamos que a China tenha um grande futuro”, declarou o bispo Marcelo Sánchez Sorondo, citado pelo jornal chinês em inglês Global Times.

Sorondo, prefeito da Academia Pontifícia de Ciências, é considerado próximo ao papa e confirmou à AFP que o pontífice havia feito essas declarações.

O Vaticano e Pequim não mantém relações diplomáticas, mas o papa Francisco tenta se aproximar do gigante asiático desde sua eleição, em 2013.

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As duas partes têm mantido um diálogo discreto, mas ainda parece existir grande discordância quanto a nomeação de bispos.

Em junho, Roma manifestou preocupação com um bispo que estaria preso desde 18 de maio.

Na ocasião, Pequim denunciou “uma ingerência” em seus assuntos internos.

O bispo Sorondo está na China para uma conferência sobre trasplantes de órgãos.

“A China está se esforçando sobre o assunto do tráfico de órgãos”, comentou.

No início do ano, a participação da China em um colóquio sobre o tráfico de órgãos organizado no Vaticano provocou polêmica, uma vez que Pequim proibiu apenas em 2015 a extração de órgãos de condenados à morte.

* AFP