O Jornal do Almoço, da NSC TV, fez ontem a terceira entrevista da série com cinco prefeitos do Vale do Itajaí. Desta vez, quem respondeu os questionamentos de repórteres e também da comunidade foi o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (sem partido) foi perguntado sobre questões como prazo de entrega de obras, filas nas creches e corte de gastos do governo municipal.
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Confira a seguir, trechos da entrevista comandada por Marina Dalcastagne:
O município investiu um alto valor no parque próximo a Rua 1º de Janeiro, que parece estar longe de ser liberado ao uso da população daquela região. Quando que o Parque das Itoupavas vai ser liberado?
Primeiro nós estamos trabalhando na organização de uma equipe que vai atuar para que a gente possa liberar o Parque da Itoupavas o quanto antes. As obras que começaram a ser implementadas ali trouxeram uma série de problemas de acesso e a principal dificuldade é essa: máquinas passando, caminhões e outros veículos que colocariam em risco a vida das pessoas e eu como prefeito não posso deixar com que isso aconteça. Mas nós estamos trabalhando forte para que quando essa obra estiver concluída e o acesso liberado, nós possamos entregar ele (o parque) com toda qualidade. Inclusive já trabalhando até para a expansão do mesmo. Depende mais das obras da BR-470 do que de nós. Não nos passaram nenhuma data de conclusão.
A licitação do Centro de Operações de Blumenau (COB) chegou a ser lançada no fim do ano passado, mas não avançou. Quando a gente vai ter esse espaço operando?
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Esse é um espaço extremamente importante, que vai ampliar a questão de segurança, tanto na questão das enchentes, como a de segurança viária na cidade. Ele está sendo trabalhado para que a gente possa colocar câmeras de monitoramento, fazer o que foi feito esses dias, inclusive de podermos detectar veículos roubados, devolver esses veículos aos proprietários, bem como, evitar uma série de outras ocorrências. O trabalho vem sendo feito para que dentro de 15 dias, no máximo, possamos lançar o processo licitatório e assim concluído todo o trâmite burocrático, entregar essa obra para a comunidade.
Importantes obras de mobilidade são financiadas pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), como a duplicação da Rua Humberto de Campos, o binário da Rua Chile com a Rua República Argentina e os terminais urbanos nas regiões Norte e Oeste. Essas obras vão ficar prontas até agosto? E se não ficarem, a prefeitura vai ter recurso pra bancar a continuidade, caso elas não sejam concluídas até o prazo?
Todas as obras têm os ritmos acompanhados por mim, pelo secretário de Mobilidade e também pela equipe da Seinfra. O objetivo nosso é que a gente consiga entregar os terminais a tempo. O Terminal Norte está avançado, o Terminal Oeste está bem preparado, mas em especial é que essas obras vão devolver muito mais agilidade e mobilidade urbana pra nossa cidade. Se nós olharmos os terminais com o que nós temos hoje, são obras que têm outra perspectiva. Elas têm inclusão e integração. Vai ter estacionamento para veículos, bicicletários e toda estrutura preparada para devolver muito mais qualidade para população.
A Rua General Osório está passando por mais obras e remendos no asfalto estão sendo feitos. Existe algum projeto para a revitalização, troca de toda a camada asfáltica e calçadas, no trecho entre a Rua João Pessoa e o início da Humberto de Campos?
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Estamos trabalhando pra que a gente possa incluir esse trecho à reformulação das obras do BID e abranger a revitalização dessa parte. Ela não estava prevista nas obras iniciais e nós estamos readequando o projeto para que a gente possa fazer a inclusão de todos esse trecho. Mas é importante dizer que nessas obras nós estamos fazendo um investimento que nunca foi feito. Estamos fazendo drenagem, preparando para que não haja alagamento e inundações nas vias, colocando a rede nova de esgoto, para que a gente não rompa novamente a via com o asfalto novo.
Por que não existem creches para crianças a partir dos quatro meses de idade, mesmo tempo da licença maternidade, já que a espera é de no mínimo oito meses?
Estamos trabalhando para que a gente possa atender o pleito e a necessidade das mães da cidade o quanto antes. Estamos com um tempo de espera de oito meses e esperamos reduzir esse tempo com a entrega de seis novas creches. Uma está com 99% da obra executada e outras cinco estão com mais de 50%. O nosso objetivo é: até final do ano poder entregar essa obra para que tantas mães possam ter o benefício. O nosso desafio, ao longo do mandato, é poder a cada ano diminuir essa fila.
Qual é a expectativa, e o senhor como político que é, da reforma tributária? Existe alguma expectativa nessa mudança de governo que se possa mexer nesse assunto?
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Esperança nós temos. Inclusive nós estamos mobilizados e sou presidente da Amvi (Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí), que envolve 14 municípios, e temos a Marcha dos Prefeitos que vai acontecer agora em abril e vou liderar a comitiva da Amvi para que a gente vá a Brasília, junto com a Confederação Nacional de Municípios, discutir esse tema. Porque de cada R$100 que eu, que cada um de nós, paga de imposto, ficam na cidade R$14. R$ 22 vão para o governo do Estado e R$ 64 vão para o governo federal. Quando preciso de recurso, preciso ir a Brasília. Vou lá bater na porta dos ministérios, com auxílio de deputados ou de senadores, que tem contribuído e é importante fazer esse reconhecimento. Mas eu vou lá pra pegar um recurso que às vezes ainda vem como empréstimo e que nós ainda temos que pagar juros do dinheiro que é nosso. Então, é totalmente desleal esse sistema tributário brasileiro. Esperamos, e é a promessa do governo Bolsonaro.
O senhor vai anunciar a primeira etapa da reforma administrativa. Pode adiantar algo do que vai ser feito?
Nosso foco é chegar mais perto das pessoas. Como a gente pode fazer isso? Aumentar a eficiência, aumentar agilidade do poder público levando os serviços de modo mais prático e evitando os desperdícios. Para isso, nós vamos trabalhar na unificação de algumas secretarias, mas em especial no corte de cargos comissionados e no corte de funções gratificadas.