O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tem o maior desafio da sua vida, que é arrumar a nossa economia. Diversos indicadores mostram que a tarefa dele não é nada fácil. Principalmente se pensarmos que muitas atitudes poderiam ter sido tomadas já em 2014. Esta demora só piorou o cenário econômico brasileiro.
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Nos últimos meses, a inflação continuou a subir. O IPCA está em 8,13% em um ano. Alguns fatores ajudaram nesta escalada, como o aumento da energia elétrica e dos alimentos por causa da seca no Sudeste e a valorização do dólar perante o real. Somado à inflação, ainda temos o escândalo da Petrobras e a decepção do nosso produto interno bruto (PIB).
Os bancos, preocupados com o aumento da inadimplência, seguram a oferta de crédito para os consumidores, ajudando ainda mais no desaquecimento da economia. O dólar deu a sua contribuição também. Sabemos que economia americana vem dando sinais de melhora e com isso especula-se que virá aumento na taxa de juros lá nos Estados Unidos. Ou seja, dólar valorizando no mundo todo.
Nos últimos anos, com o aquecimento do consumo interno, o trabalhador brasileiro teve aumento salarial acima de sua produtividade, apertando ainda mais a margem da indústria brasileira, não tendo espaço para modernização de seu parque. Vivemos o momento de inflação com recessão, e não há nada pior para uma economia do que isso.
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O lado positivo é que o ministro Levy conta com apoio da presidente Dilma, e as medidas tomadas por ele até o momento estão sendo bem-vistas pelo mercado internacional, o que de momento espanta o risco de rebaixamento do rating do Brasil. A taxa de juros alta atrai o investidor estrangeiro, que só aguarda a melhora de nossos indicadores econômicos e da confiança para votar a investir no Brasil. É ver para crer.