O misterioso e clandestino cemitério em praia brasileira

Lá não há guarda-sóis, cadeiras ou toalhas de praia estendidas. No lugar disso, há lápides e túmulos. O cemitério de Pedras Compridas no distrito de Icaraí de Amontada, no Ceará, tem mais de 100 anos. Além de curioso por si só, a ocupação teria começado após o encontro de um corpo misterioso.

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Além disso, o espaço, irregular, tem sido tomado pelo avanço do mar, o que tem preocupado familiares, conforme mostrou reportagem do UOL.

Corpo misterioso teria iniciado cemitério

Uma das teorias, e a mais famosa, é que uma moradora encontrou um corpo de um homem naquela praia, com uma corrente em volta do pescoço e um saco na cabeça. Resolveu dar um enterro digno ao “homem do saco”, como ficou conhecido.

Ela contou a história aos vizinhos. Um deles disse que sonhou com o desconhecido, que disse se chamar Serafim e desejava ser chamado assim. Na cruz no homem, no entanto, o nome foi escrito como “Sarafim”.

Logo teriam começado supostos milagres (não detalhados), atribuídos ao “São Sarafim”. A fama de santo fez com que ele ganhasse vizinhos, e logo o cemitério nasceu.

Maré inunda cemitério

Ainda conforme a reportagem do UOL, o local virou ponto turístico: diariamente, turistas vão até o local após passarem pelos Lençóis Cearenses. No entanto, o avanço do mar muda a paisagem e pode “afogar” os mortos.

Algumas lápides já sumiram, outras ficam submersas ou soterradas pela areia trazida pelas ondas. Para tentar conter o avanço do mar, a prefeitura chegou a colocar sacos de areia, mas a ideia não solucionou o problema. Um dos primeiros túmulos atingidos foi, justamente, o de São Sarafim. Moradores, então, fizeram uma lápide simbólica. Sempre que a maré sobe, mudam a cruz de lugar.

Apesar de nunca ter sido regulamentado, o cemitério à beira-mar é o favorito dos moradores para dar o descanso final aos entes queridos. A prefeitura de Amontoada, a cerca de 200 quilômetros de Fortaleza, não sabe quantas pessoas já foram enterradas ali, ou quem elas são.

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