Entre os quatro réus confessos da investigação, nenhum é mais folclórico do que o rechonchudo Chuck Blazer, ex-secretário da Concacaf e ex-membro do Comitê Executivo da Fifa.

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No ano passado, uma reportagem publicada pelo New York Daily News dava detalhes da vida extravagante de Blazer bancada pela entidade que comanda o futebol nas Américas do Norte e Central.

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Em Nova York, o norte-americano de 70 anos e mais de 204 quilos, vivia em um apartamento na luxuosa Trump Tower, em frente ao Central Park, cujo aluguel de US$ 18 mil era pago pela Concacaf. Ao lado, outro apartamento, este mais modesto (com custo de US$ 6 mil ao mês) servia de morada para seus gatos. Obeso, locomovia-se por Manhattan em carrinhos motorizados para deficientes físicos. Tinha uma frota deles.

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Em 2011, Blazer foi abordado por agentes do FBI que mostraram documentos comprovando sonegação de impostos do dirigente por mais de 10 anos. Para não ir à cadeia, passou a colaborar com as investigações e serviu de espião.

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No ano seguinte, durante a Olimpíada de Londres, teria se hospedado, pago pelo FBI, em um hotel de luxo da cidade. Lá, reuniu-se com importantes dirigentes esportivos para tentar colher provas de irregularidades.

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Após trabalhar como “espião” para os investigadores, declarou-se culpado, em 2013, de extorsão, fraude, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos. Teve de devolver US$ 1,9 milhão (cerca de R$ 6 milhões), e concordou em fazer outro pagamento quando sua sentença for proferida.

Além dele, o brasileiro José Hawilla, dono da Traffic, empresa de marketing esportivo, também é réu confesso. Hawilla, que também é acionista da TV Tem, afiliada da Rede Globo na região de Sorocaba, teve de pagar R$ 473 milhões às autoridades.

Os irmãos Daryll e Daryan Warner, filhos de Jack Warner, ex-presidente da Concacaf e um dos indiciados, completam a lista dos que admitiram culpa no escândalo.

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* ZH Esportes