O melhor de três

Foi o melhor dos três jogos da breve excursão do Inter. O time teve equilíbrio entre defesa e ataque com mediação prodigiosa de Carlinhos pelo meio campo. Muito começa com Rodrigão, de quem se deveria esperar pouco pela longa inatividade a que fora submetido. Mas pareceu desinibido, solto, trocando passes com o irrequieto e ótimo companheito de ataque, Serginho: foi ele quem puxou os contra-ataques e isso deu a Rodrigão a possibilidade de se aritcular com ele. Acabou fazendo o gol de empate por oportunismo e precisão de cabeçada, entre Cris e Cléber, para baixo, sem defesa para Jeferson. E, talvez, poderia ainda ter sido melhor do que o empate comemorado e com troféus (um de homenagem a Osvaldo Faria, recentemente falecido, grande mineiro da Rádio Itatiaia, outro comemorativo aos 35 anos do Mineirão) se a vantagem da expulsão do zagueiro Cris não fosse desfeita com a expulsão de Marcio Goiano, pelos mesmos dois cartões amarelos. O Cruzeiro havia reagido fortemente no segundo tempo mas o jogo voltara ao equilíbrio e talvez a uma vantagem do Inter. Mas tudo terminou com a bola retida no pé, inteligentemente. Detalhes O Grêmio não abre os detalhes da negociação que fez com o Betis, da Espanha, vendendo Amato, ganhando em troca percentual do valor que o clube espanhol pagou ao São Paulo para ter Denílson, que já está no Flamengo, por empréstimo – seria, se especula, 10% de US$ 25 milhões, se é que esse foi mesmo o valor da transação, falam-se tantas coisas – e ainda alguma quantia em dinheiro vivo, talvez US$ 1 milhão, e o restante, que não mais seria de US$ 3,4 milhões, um pouco menos ou um pouco mais, algum dia e sob outra forma, talvez um jogador, quem sabe uma promissória. Complicado. Quem deve saber é a ISL e, claro, o presidente Guerreiro. Mas eu me pergunto se o mundo vai desabar se nunca se souber quanto valeu a venda de Amato. Talvez não. Absolvição Luxemburgo falou durante a longa viagem do Brasil até a Austrália. O detalhe tem certa relevância: ele assegura que não fala mais nisso tão pronto ponha os pés em Brisbane e vá para a Golden Coast, onde estão esses distintos jogadores de futebol da Olimpíada. A palavra daqui para a frente será a do seu advogado constituído, Michel Assef, foi o que disse. Mas o que importa é que Luxemburgo pensa como muita gente: se a Seleção ganhar o ouro, ele estará salvo. Não levou Romário, não levou mais ninguém, só os garotos. Então, será ele e os garotos, só, com todas as honras. E, talvez, com a absolvição. ruy.ostermann@zerohora.com.br