O Figueirense é o maior favorito da rodada. O adversário, Serra, do Espírito Santo, é o último colocado da chave. O velho Gentil Cardoso, técnico famoso do passado, já dizia: “Futebol é uma caixinha de surpresas e cada jogo é um jogo”. Não há o que temer. Basta atuar com a mesma seriedade dos jogos anteriores. O vice-líder está há duas rodadas fora do seu hábitat, o que significa dizer que o domingo será de casa cheia para comemorar as duas vitórias fora de casa. Como dizia o grande presidente José Mauro Ortiga: “O adversário pouco importa. O que vale é ir ao estádio para ver o Figueirense”. Com a palavra, a torcida. Recuperação Ele foi ídolo, artilheiro e um dos principais jogadores do título de 1999. Genílson voltou e, aos poucos, está recuperando a confiança do torcedor alvinegro. Depois de uma passagem nada favorável pelo futebol da Espanha, outra nada agradável na Portuguesa Santista, teria que ser mesmo o Estádio Orlando Scarpelli o palco para sua reabilitação. Está em casa e reabilitado. Em Paranaguá O Malutrom está em alta após a vitória diante do Criciúma. A volta de Amauri Knevitz recuperou o time. O Avaí terá a volta de Marcos Telles e, provavelmente, Naílton à zaga. Júnior deverá ser o primeiro volante e André está na expectativa, com pouquíssima chance. Além de Paranaguá, neste domingo, o Avaí terá outra pedreira quarta-feira: o Joinville no Ernestão. Paraguaio legítimo Quem é Carlos Baez?, pergunta um torcedor do Criciúma. Da forma como foi feito, parece que o paraguaio, que deve se apresentar neste domingo, em Cariacica, já tem oposição. Conhece o futebol catarinense? É preciso reconhecer que o futebol é universal e, quanto a isso, não se pode duvidar do novo técnico do Tigre. Só me faltava, agora, a torcida criciumense, que tanto queria a saída de Gonzaga Milioli, protestar contra o novo treinador. Expectativa Um torcedor de Joinville me pergunta: “Por que vocês insistem em dizer que o clássico da Capital é o jogo de maior público no Estado?”. Elementar meu caro: excetuando-se uma final de campeonato, basta olhar as estatísticas. A propósito, quem sabe o torcedor do JEC reverte o quadro, hein? Que tal ir ao Ernestão neste domingo, afinal, o time está entre os quatro primeiro da Série B. O velho Rui Em 1916, Rui Barbosa ia representar o Brasil numa conferência na Argentina e tinha a sua disposição todo um navio do Lloyd. Como havia lugares à disposição, a CBD pediu permissão para que a Seleção viajasse junto para um torneio que disputaria em Buenos Aires. Severo e grave, como sua sobrecasaca preta, Rui Barbosa sentenciou: “Não, não me fica bem, como estadista, viajar com um time de futebol.” A Seleção foi num cargueiro malcheiroso. Homenagem Ele é uma das atrações das organizadas do Figueirense em dias de jogo no Orlando Scarpelli. O que poucos sabiam é a afinidade de Claudinho, figura folclórica da Ilha, com o futebol e o Figueirense. No aniversário do Clube, Claudinho, devidamente paramentado com as cores do Figueira, interrompe solenidade para homenagear o presidente Prisco Paraíso. O microfone Bill, um centroavante que o Vasco da Gama contratou de Goiás e que os sempre fiéis narradores apelidaram de “Paladino do Oeste”, ouvindo do repórter encerrando entrevista: “O microfone é seu”. “Puxa, já ganhei rádio, bicicleta, geladeira, torradeira, mas microfone é o primeiro”. E sumiu túnel abaixo com o microfone do repórter.
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