Um formato inédito, uma disputa global e uma causa nobre. Essa é a tríade na qual apostam os idealizadores da Wings For Life World Run para mover milhares de corredores – de qualquer distância – ao redor do mundo no próximo dia 4 de maio. No Brasil, a beleza natural de Florianópolis fez com que a cidade fosse escolhida para receber a prova – as inscrições para o evento foram estendidas até o próximo domingo.

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.: Campeões trocam esportes radicais pela corrida Wings For Life World Run

Formato inédito

A corrida tem ponto de largada, mas não de chegada. Meia hora após a largada, um carro parte atrás dos corredores com velocidade determinada, que aumenta a cada hora. Quando um atleta é ultrapassado pelo veículo, a corrida termina para ele. Os últimos a serem alcançados vencem.

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Disputa global

Esse esquema se repetirá em mais de 40 cidades, em cinco continentes, ao mesmo tempo. A largada, a saída dos carros, a aceleração do ritmo, tudo será simultâneo para que o corredor na ilha possa competir com outro na Inglaterra ou na Austrália. Haverá apenas um campeão mundial.

Causa nobre

A corrida tem uma missão muito clara: despertar o mundo para a cura da lesão na medula espinhal: 100% dos rendimentos serão revertidos para a fundação Wings For Life, que financia pesquisas nessa área. A prova é aberta também para os principais interessados: os cadeirantes.

Será que eu consigo?

Uma das vantagens de a prova não ter uma distância determinada é acolher todo tipo de participante, desde quem nunca correu até um atleta de alto rendimento. O “carro seguidor” deve ser uma preocupação maior para quem tem como foco completar a corrida a partir dos 10 quilômetros, quando o veículo começa a acelerar em busca dos corredores.

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Antes disso, os tempos estimados para cada trecho são bem amigáveis. Acompanhe na arte as distâncias e o tempo médio para percorrer até que o carro comece a ultrapassar os atletas.

Aproveite e faça a inscrição para a prova e calcule o seu ritmo no site:

“O mais emocionante é não ter linha de chegada”

Diretor Internacional de Prova da Wings For Life World Run, o atleta britânico aposentado Colin Jackson, bicampeão mundial e medalhista olímpico nos 110m com barreiras, conta como foi concebida a prova e o que ela oferece ao corredor.

Diário Catarinense – Como surgiu a ideia deste formato de corrida de rua?

Colin Jackson – Como nunca foi feita uma corrida global, o conceito foi desenvolvido desde o início. A ideia era ter uma prova em que um competidor em um lugar do mundo disputasse contra o de outra localidade. A solução foi este formato sem linha de chegada, em que os atletas precisam fugir do “carro seguidor”.

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DC – O que a prova propõe de diferente?

Jackson – O mais emocionante sobre a corrida é que tem um ponto de largada, mas não uma linha de chegada. Isso vai motivar as pessoas, porque elas vão poder planejar sua corrida. É você quem vai decidir como começará, se corre, se anda. E tudo isso em mais de 30 países ao mesmo tempo. Você poderá estar na Nova Zelândia, Grã-Bretanha, África do Sul. Todos poderão dividir essa experiência.

DC – Até que ponto uma corrida como esta pode desafiar o atleta?

Jackson – O maior desafio será o psicológico. Nas corridas você já sabe onde a linha de chegada será, o que não ocorrerá no Wings for Life World Run. Será preciso montar uma estratégia. É mais desafiador, mas também motivante.

DC – Que legado você espera que esse evento deixe para o futuro?

Jackson – O mais importante do legado do Wings for Life World Run é levantar fundos para a pesquisa na cura dos pacientes com lesão na medula espinhal. Realmente pretendemos conseguir um grande número de competidores e, com isso, alavancar as pesquisas para chegar à solução do problema.

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