Para o secretário de Segurança do Estado, César Grubba, o número de atentados em Santa Catarina só não é maior porque muitas ações foram antecipadas com prisões. Nesta entrevista ao Sol Diário, ele fala sobre a adaptação das forças de segurança às estratégias do crime:
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Descobrindo-se essa tendência de pessoas surfando na onda dos atentados, se muda o foco, muda também o foco de atuação das forças de segurança?
O foco de atuação nunca é o mesmo, migra conforme a análise criminal das agências de inteligência. O mesmo em relação aos efetivos. Nossos efetivos são alocados para pontos que as inteligências entendem como potenciais para ataques, por isso muitas vezes tem se conseguido antecipar. O número de ataques não é maior em SC porque muitas ações foram antecipadas com prisões. Temos mais de 40 pessoas presas já, muitas portavam além de armamentos, material inflamável para novos ataques.
Uma coisa é combater crime organizado, outra é dissipar essas ações. Verificando-se que são atos oportunistas, como atuar em relação a isso?
Tem que mudar a estratégia, tem que se acompanhar a mudança de posicionamento do crime, organizado ou não. Tanto PM, na questão ostensiva e preventiva, quanto a Civil na investigação, para antecipar eventual ação.
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Fica mais difícil prevenir um ataque assim, que não é orquestrado?
Não, acho que o mais difícil de prevenir é um ataque mesmo de organização criminosa, quando há um salve-geral, em que você sabe que vai haver ataque mas não sabe o dia, a hora nem o local.