O magicontador de histórias foi primeira atração da Feira do Livro de Jaraguá do Sul

As portas da literatura estão abertas. Até o dia 21 de junho, o pátio do Centro Cultural da Scar abriga os estandes e atrações da 9ª Feira do Livro de Jaraguá do Sul. O primeiro dia de evento, que ocorreu ontem, deu a largada com nomes de destaque. O contador de história Eric Chartiot inaugurou o palco, seguido de Bel Bandeira e, à noite, do humorista Gregório Duvivier. A programação segue continua hoje com histórias e o jornalista Edney Silvestre.

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Personagem que ganhou destaque na cena nacional, o francês Eric Chartiot fez sua estreia em Jaraguá do Sul como primeira atração da feira. Seu espetáculo Como num livro aberto é um convite à reflexão e entrega às maravilhas da mágica. Magicontador, como ele se denomina, é sua profissão. Todas as narrativas são acompanhadas de truques, aparições e transformações. A história de Joãozinho é contada levando o público a buscar as próprias respostas, enfatizando justamente a importância da leitura.

– Quando a gente abre um livro, as ideias são como as borboletas, que podem voar livres – cita o narrador.

Chartiot é um dos exemplos de que buscar os sonhos traz a realização. Em 2002, já vivendo no Brasil, ele deixou de lado um emprego no Ministério das Relações Exteriores da França para dedicar-se integralmente à mágica. Até então, os truques eram reservados aos finais de semana e encontros com amigos. Foi em 2001, durante a Feira do Livro de Porto Alegre, que a grande mudança ocorreu.

– Fiz uma apresentação lá, pois pedi para um amigo, e me surpreendi. Vi que as pessoas pareciam gostar. Até então, eu não tinha pensado nisso como uma profissão.

Desde 2002 como mágico contador de histórias, Chartiot tem três livros lançados. Além de dois espetáculos infantis, ele apresenta uma peça para adolescentes e adultos, e ainda faz palestras – tudo permeado com a mágica. Treze anos após largar o emprego para dedicar-se à nova profissão, ele garante ter feito a opção certa – afinal, este é o melhor trabalho do mundo, como ele define.

– Senti que precisava fazer isso em algum momento. E agora todos os meus outros sonhos se integram nesse sonho de contar histórias – sorri.