O papel do líder mudou sensivelmente ao longo dos anos. Antigamente a força falava mais alto, depois a informação passou a ser base da liderança e, hoje, ela depende das relações. O consultor Bernt Entschev diz que o líder passou à condição de facilitador e deve extrair o máximo do potencial de seus subordinados. Construir uma relação de confiança tornou-se vital.

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Este e outros temas ligados à liderança fizeram parte do primeiro Fórum Executivo De Bernt, realizado em parceria com a Universidade Católica de Santa Catarina nesta terça-feira, em Joinville. O público presente ao evento era formado, em sua maioria, por executivos em fase de transição de carreira. Profissionais que recentemente foram desligados das corporações onde trabalhavam e buscam novas oportunidades no mundo corporativo ou planejam abrir o próprio negócio.

Bernt também falou sobre aspectos que os profissionais precisam prestar atenção estando ou não empregados e que são ainda mais importantes nestes tempos de crise. No currículo, explica o consultor, não basta relatar o passado, mas deixar claro o que o recrutador pode esperar dele no futuro. Isto vai diferenciá-lo dos demais candidatos. Tomar o cuidado de não cair na armadilha do condicionamento a uma atividades apenas poderá abrir os horizontes para novas possibilidades de atuação no mercado também.

– De modo geral, existem muitas alternativas, não dá para ter medo da crise – afirma o CEO e fundador da De Bernt Entschev Human Capital.

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Outro fator destacado por Bernt foi a construção de redes de contato, o conhecido networking. Ele aconselha a classificar os contatos com base na frequência com que precisam ser acessados. Alguns podem ser parabenizados no aniversário, outros devem ser lembrados mais de uma vez por mês. O simples envio de um artigo ao público-alvo é um exemplo de iniciativa que mantém a relação viva. Destinar duas horas por semana a esta atividade é o suficiente e rende frutos no futuro.

– Muitos restringem os contatos ao grupo do trabalho, e somente quando são demitidos percebem que não construíram uma rede pessoal – explica.

Para quem quer abrir um negócio ou já é empreendedor, Bernt destaca a importância de se desenvolver a capacidade de assumir riscos e tomar o cuidado para não cair no erro de parar de prospectar, pois isto vai dificultar uma carteira estável de clientes. O consultor diz que o empresário mergulha no trabalho e, durante este período, deixa a prospecção de lado. Ao terminar a atividade, não conquistou outra para iniciar na sequência.

A sugestão é delegar o serviço e dedicar mais de 50% do tempo à prospecção direta e indireta, e não minimizar a importância de se matricular em um curso de técnicas de venda para melhorar a abordagem junto aos clientes.

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