O ano de 2000 foi um dos mais rentáveis para Gustavo Kuerten em toda sua carreira no tênis, afinal, naquele ano ele conquistou o bicampeonato de Roland Garros e, mais importante, chegou ao topo do ranking da ATP. Fora das quadras há sete anos, o catarinense fatura mais do que quando era um atleta de elite em plena forma. Méritos para a administração da carreira dele, comandada por pulso firme e assertivo do irmão mais velho Rafael Kuerten.
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A imagem de Guga vale muito. Por isso, tantas empresas o buscam para se aliar a ela. Mas não é tão fácil fazer parte da “família Kuerten”. Desde quando venceu Roland Garros pela primeira vez, em 1997, e surpreendeu o mundo, o maior tenista da história do Brasil mantém uma velha filosofia: poucos e bons parceiros.
– A diferença agora é que antes o Guga tinha uns quatro parceiros, até para não atrapalhar os treinos e preparação para os jogos. Agora, com ele aposentado, podemos ter mais parceiros. Mas não extrapolamos – conta Rafael.
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O Grupo Guga Kuerten (GGK) tem quatro braços: um de licenciamentos, um de parcerias, um para a Escolinha Guga e outro de investimentos imobiliários.
– O Guga não tem um agente. Somos hoje 32 pessoas na empresa, a grande maioria delas pensando na imagem dele, marca e produtos. Quando uma empresa procura a gente, colocamos pessoas para pensar junto. Queremos o crescimento das duas empresas – completa Rafael.
Investimentos e novas parcerias
O desafio das empresas da família Kuerten é que as novas gerações conheçam Guga.
– Esse é um ponto importante da nossa empresa e pensamos em perenizar a imagem para continuar distribuindo os valores que ela carrega. O que ele fez é muito importante e pode ser comparado com o Pelé. Eu nunca vi o Pelé jogar, mas sempre vi imagens dele e sei da importância. Sessenta anos depois o Pelé continua crescendo. Queremos isso, por isso sempre estamos olhando para a frente. Na minha mesa tenho os planejamentos do que queremos fazer daqui a cinco e 10 anos – revela Rafael.
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O futuro do GGK já começou. Há dois anos a empresa implantou a governança corporativa.
– É um pouco ainda uma empresa familiar e eu tenho 40 anos. Então não precisava pensar na próxima geração ainda, mas de novo pensamos em coisas a longo prazo. Quanto à imagem não sei quantos campeonatos vamos ter no futuro, ou se vamos manter apenas a Semana Guga, o certo é que queremos sempre o melhor – explicou.