Com o retrospecto de quem comandou o Figueirense por sete jogos no Brasileirão e conta com apenas uma derrota, para o Cruzeiro, em sua estreia, o técnico Argel Fucks e o Figueirense desafiam o Inter neste domingo, no Estádio Beira-Rio.

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Por telefone, de Florianópolis, Argel, 40 anos completados na última quinta, diz que a campanha até agora – quatro vitórias, dois empates e um empate – é condizente com o principal objetivo do clube em 2014:

– O acordo que tenho com o presidente é deixar o time na Série A. É isso que estamos trabalhando, esse é o foco.

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Confira a entrevista:

A arrancada de seis jogos sem perder e a fuga do Z-4 te dá tranquilidade para trabalhar?

Argel Fucks – Estamos melhorando, devagarzinho. Crescendo a cada partida, a cada rodada. Eu conheço o clube, a imprensa, a torcida. Levo uma vantagem. Mas tenho os pés no chão, tem de ter trabalho, dedicação. Mesmo com trabalho é difícil, imagina quando não se trabalha. Os jogadores compraram nossa ideia.

O jogo contra o Cruzeiro, na estreia, foi a única derrota.

Argel – Aquele jogo contra o Cruzeiro (5 a 0 na estreia do treinador), olha, o placar não explica o jogo. Tivemos um pênalti escandaloso, vergonhoso, contra, ao final do primeiro tempo. Se acaba 0 a 0 o primeiro tempo, seria outra realidade. E outra: eu assinei na quinta e no domingo enfrentei o líder do Brasileiro. Não vou me dar ao luxo de sentar na arquibancada. Tenho de sentir o vestiário desde o início.

Dá para pensar em algo mais no Brasileirão a partir deste teu bom retrospecto?

Argel – Queremos chegar a 14 vitórias. O presidente me convocou, não me contratou. O que é uma diferença grande. O que conversamos todos os dias é a permanência do Figueira na Séria A. Pensar em Sul-Americana é uma situação secundária. O acordo que tenho com o presidente é deixar o time na Série A. É isso que estamos trabalhando, esse é o foco. O Brasileiro é difícil, é uma decisão atrás da outra. Para nós, mais ainda.

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Você começa a ficar com rótulo de “salvador da pátria” para alguns clubes. Criciúma, Caxias, Figueirense…

Argel – Às vezes, me perguntam sobre esse rótulo de bombeiro, de apagador de incêndios. Particularmente, não me incomoda. São sete anos como treinador, 15 clubes no currículo. É meu terceiro clube da Série A, já treinei no Paulista, Catarinense e Gaúcho. O rótulo de bombeiro é um elogio. É mais difícil pegar um grupo que não é teu. Contratei apenas um jogador por minha indicação aqui no Figueirense. Os demais, eu abracei. Eu abraço muito os jogadores.

E os jogadores?

Argel – Têm dado uma resposta espetacular. O treinador é coadjuvante, são eles que fazem acontecer. Eles podem render mais, não tenho dúvida. O Figueira vai crescer muito na competição, ainda. O segundo turno será muito difícil, com equilíbrio muito grande do torneio, das equipes, dos clubes.

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O Figueirense tomará uma postura mais conservadora no Beira-Rio?

Argel – Temos a mesma maneira de jogar em casa e fora. Não vamos esconder escalação, nem faremos treino fechado. Nunca fiz isso. Quero todo mundo acompanhando para ver que a gente trabalha. O que fazemos no treino, a gente faz no jogo. Quero que nos cobrem. O futebol me diz que treino fechado não ganha jogo. É importante o torcedor acompanhar, a imprensa acompanhar.

Como você lida com a cobrança da torcida e da imprensa?

Argel – É normal a cobrança. Quem trabalha no futebol tem de assimilar isso, principalmente o treinador. A imprensa é igual em tudo o que é lugar. Em São Paulo, em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, no Nordeste. Ela elogia, critica… eu não me preocupo com isso, tenho minhas convicções, não me preocupo com o que escrevem.

Você acredita que pode tirar proveito da eliminação do Inter na Sul-Americana?

Argel – O Inter é uma potência, um clube organizado, com uma estrutura incrível. Eu não fico cuidando muito o adversário, o que faz ou deixa de fazer. Não acho que o Inter virá mais forte ou mais fraco por conta da eliminação. O Inter é o vice-líder do Brasileirão e não é por acaso. Não vai ser nem mais, nem menos difícil. Não quero me apegar ao Inter, porque cada um cuida dos seus problemas. Vamos ao Beira-Rio trabalhar, jogar e buscar nosso resultado.

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