Eis alguns dos ensinamentos repassados pela Monja Coen Sensei na primeira palestra desta quinta-feira, na Expogestão, em Joinville: a grande revolução da sociedade passa pela mudança de consciência. É preciso parar de pensar em si mesmo para pensar no coletivo, não julgar os outros a partir do que nós acreditamos e aprender a controlar as emoções. E tudo isso começa com pequenas mudanças de comportamento no dia a dia.
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Ex-repórter e ex-funcionária do Banco do Brasil em Los Angeles, nos Estados Unidos, a monja, cujo nome de batismo é Cláudia Dias Baptista de Sousa, foi a primeira mulher e a primeira pessoa de origem não japonesa a assumir a presidência da Federação das Seitas Budistas do País.
Foi na terra do Sol nascente que ela, por 11 anos, morou e estudou o budismo. Do Japão, explicou ela, vem a inspiração do pensamento coletivo. Quando um tsunami devastou várias cidades, em 2011, a população local se uniu para reconstruir o seu país.
– Não houve saqueamento de supermercados, por exemplo. Lá, eles sofrem juntos e superam juntos as adversidades.
Este mesmo pensamento coletivo deve nortear as atividades das empresas. Ao falar para uma plateia de executivos e gestores, muitos deles vivenciando momentos difíceis por causa da crise econômica, a monja estimulou a busca por respostas por meio da meditação e reflexão.
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– Reclamar não adianta. Às vezes, queremos que alguém nos dê respostas, mas nós é que temos procurá-las. O importante é nós mesmos fazermos a diferença. E os momentos de crise são ótimas oportunidades para buscar novas soluções – disse.
Os momentos mais críticos, disse a monja, fazem as pessoas saírem de sua zona de conforto, o que invariavelmente muda a sua maneira de agir – e aí está a chave para encontrar novos caminhos.
Coen Sensei também disse que a meditação pode ser um importante aliado no controle das emoções.
– Nós, os seres humanos, temos um potencial ilimitado. Mas se não controlamos as nossas emoções, seremos controlados pelos outros.
A monja também reiterou que pessoas de bem com si mesmas produzem mais e melhor e que a competição, em qualquer situação (na vida pessoal e profissional), é positiva.
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– Ela te estimula a superar os seus limites – disse.