A circulação de notícias falsas não é algo recente, mas costuma aumentar em períodos eleitorais, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Nas eleições americanas de 2016, surgiu o debate de como a desinformação influencia o comportamento do eleitor. Entenda, nesta reportagem, como as fake news podem impactar a corrida presidencial nos EUA em 2024.
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Polarização política
O sistema eleitoral americano, por ser bipartidário, já costuma favorecer a polarização política. No entanto, a desinformação intensifica esse cenário e os eleitores adotam posições extremistas.
A polarização dificulta o debate equilibrado e construtivo entre pessoas que pensam diferente. Com frequência, a discussão resulta em ataques e ofensas. Esse cenário polarizado também é visto no Brasil.
Deslegitimação das instituições
Muitas notícias falsas que circulam pelas redes sociais questionam a integridade do processo eleitoral. Isso pode levar o eleitor a crer que o sistema de votação não é confiável. Como consequência, há também a desconfiança sobre as instituições.
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E a deslegitimação das instituições alimenta a instabilidade social e enfraquece a democracia. Casos extremos levaram ao ataque ao Capitólio, símbolo do poder político dos EUA, em janeiro de 2021, pouco antes da posse do candidato democrata Joe Biden.
Impacto no comportamento dos eleitores
Pesquisadores da University of Central Florida perceberam, durante as eleições dos EUA em 2016, que o engajamento nas publicações falsas era maior do que nas notícias verdadeiras.
Os estudos também mostram que as fake news podem influenciar os indecisos. Na dúvida, uma propaganda com mentiras ou informações fora de contexto pode levar o eleitor a votar em um candidato. Além disso, pessoas com mais de 65 anos seriam mais suscetíveis a acreditar em notícias falsas.
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