Aqueles que adoram apreciar as vitrines do Mercado do Peixe em Itajaí e não têm aptidão ou tempo para preparar as delícias do mar encontram em Charles Deggau a solução. A ele, entrega-se a porção de peixe ou de frutos do mar recém-comprados em alguma peixaria do local e o proprietário e também cozinheiro do Box 30 dá as opções de preparo: frito, ao bafo, alho e óleo, à dore, à milanesa, ao vinagrete, refogado ou grelhado. Em meia hora, o prato sai para o cliente.
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Faz 13 anos que Charles tem o ponto no mercado e a nobre função de virar peixe – brincadeira com o ato de mudar o lado das postas do peixe na frigideira, mas que também dá um tom de ilusionismo de um homem se transformando no animal.
O Centro de Abastecimento Prefeito Paulo Bauer, popularmente conhecido como “Mercado do Peixe” é parte da identidade da cidade. Se no passado os nativos reclamavam do cheiro forte do pescado, hoje turistas e moradores sentem orgulho do local. Até porque o Mercado do Peixe retrata bem o que é ser itajaiense.
Nos 38 boxes é possível encontrar peixes, verduras, condimentos, flores, produtos coloniais, artesanatos, souvenires da cidade e muita gente falando alto e gargalhando com sotaque cantadinho por aquele longo corredor iluminado.
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Na correria, Charles explica que com a safra da tainha o movimento aumenta consideravelmente:
– No frio só sai tainha, o povo daqui é apaixonado por esse peixe.
Para quem está disposto a saborear a tainha em casa, Charles dá a receita:
– Não tem muito mistério, é só escolher um peixe com textura firme, coloração clara e escamas brilhantes. Aí é temperar com sal, cortar o peixe em postas não muito finas e mergulhá-las em óleo quente. Quando as postas estiverem douradas, coloque-as em uma peneira para escorrer o óleo e sirva com limão.