Tempo é algo escasso para o técnico PC Gusmão. Ele chegou a Joinville no início da noite desta segunda-feira, atendeu a veículos de imprensa no aeroporto e, por telefone, no trajeto até o escritório do presidente Nereu Martinelli, com quem teve o primeiro encontro neste início de trabalho no Tricolor.
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:: PC Gusmão é o novo técnico do JEC
Na manhã desta terça, o técnico terá uma reunião com o elenco do JEC no CT do Morro do Meio. Após isso, comanda os primeiros trabalhos já pensando no jogo de domingo, o clássico contra o Avaí.
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No Joinville, o senso de urgência é grande. O time não tem mais tempo a perder e precisa iniciar rapidamente a sua recuperação para tentar fugir da zona de rebaixamento.
PC Gusmão reconhece que o desafio é grande, assim como a sua vontade de ajudar a equipe a dar a volta por cima.
Confira o que o treinador disse em sua chegada ao JEC.
AN – Pelo momento no Joinville, o principal obstáculo que você espera encontrar é o emocional do grupo?
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PC Gusmão – O que é preciso ser feito neste momento, além do trabalho dentro de campo, é o trabalho fora dele, que é importantíssimo. Todos nós temos que ter esse equilíbrio emocional. Não adianta estar bem física, técnica e taticamente se o emocional está vazio. Todos nós passamos por momentos vulneráveis e esses momentos colocam questionamentos dentro da gente. Vamos procurar nos abastecer com informações, mas não existe milagre.
AN – Quais são suas principais preocupações táticas e técnicas com o JEC?
PC Gusmão – Pude acompanhar alguns jogos. Cada um tem a sua visão e eu tenho a minha. Como característica, gosto de um time com pegada forte, com marcação forte. Vejo outros esportes, como o basquete, em que o treinador estrangeiro fala que jogador que não gosta de marcar não joga na seleção. Um treinador do exterior tem essa mentalidade e essa é a mentalidade do esporte no mundo todo. Tem que gostar de marcar e gostar de jogar. É preciso ter intensidade, porque o volume de jogo é muito grande. Mas isso não se consegue da noite para o dia, se consegue com muito trabalho e, principalmente, com mudança de postura e de atitude do grupo.
AN – Você não terá muito tempo para conhecer e mexer na equipe. O que é possível fazer até o jogo contra o Avaí no domingo?
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PC Gusmão – Esse é o nosso grande desafio, por não ter participado de etapas fundamentais como a pré-temporada e o planejamento. É chegar no meio de uma competição e trocar o pneu com o carro andando. A gente vem pronto para se doar, para dar nossa parcela de contribuição. Mas o grupo tem que estar disposto a ajudar nessa mudança, porque se tiver qualquer tipo de resistência, aí é muito difícil atingir o objetivo.
AN – O JEC enfrenta uma dificuldade muito grande nos jogos como mandante. Como vê essa situação?
PC Gusmão – Eu já vim aqui em Joinville muitas vezes jogar contra o JEC e sempre foi muito difícil atuar aqui. Esse estigma tem que retornar. O diferencial de um clube em qualquer competição é sua casa. Tem que gostar de jogar nela, tem que estar sabendo que ali é o ambiente de trabalho, é o dia a dia. Esse é um fator fundamental e diferencial.
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Ouça o áudio da entrevista com o treinador