Batizado de Dia Nacional de Luta, a greve geral marcada para a quinta-feira em todo o país tem um objetivo bem claro: pressionar todas as esferas dos governos para atender as cobranças dos trabalhadores. A mobilização se soma aos protestos que estão acontecendo há cerca de um mês no Brasil e têm pressionado os governantes a acatar as pautas que estão sendo reivindicadas nas ruas..

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Para os sindicalistas, este é o momento propício no país para fazer com que as pautas relacionadas à classe trabalhadora avancem, no Congresso Nacional. O apoio das pessoas que não são militantes, mas se sentem motivadas a ir às ruas para protestar, é o estopim que faltava para dar um novo fôlego aos movimentos.

– O governo está emparedado e muito sensível às pautas que têm vindo das ruas. É a hora certa para emplacarmos também as pautas trabalhistas com mais força ainda. Este movimento tem rosto, tem identidade, sabe pelo que luta e, há décadas, está nas ruas – diz o presidente da Força Sindical em Santa Catarina, Osvaldo Mafra.

No Estado, seis centrais sindicais estão à frente do ato – além da Força Sindical, também a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central Sindical e Popular (CSP/Conlutas), a União Geral dos Trabalhadores (UGT) e a Nova Central. Representantes de todas elas estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira, na Assembleia Legislativa, para uam coletiva de imprensa.

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Esta é a primeira vez que todos os movimentos se unem para protestar juntos no país. Para os sindicatos, a quinta-feira será um dia histórico, não só no Estado, como também em todo o país. E ninguém nega que as mobilizações continuem daqui para a frente, caso o governo não abra as portas para a negociação.

– Queremos ser recebidos. Queremos um posicionamento concreto para que as nossas pautas, de tantos anos, sejam atendidas – diz.

Confira as nove reivindicações em prol da classe trabalhadora:

– redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salário;

– valorização das aposentadorias;

– fim do fator previdenciário;

– regulamentação da Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT);

– mais investimentos em saúde, educação e segurança;

– transporte público de qualidade;

– reforma agrária e urbana;

– fim dos leilões do petróleo;

– desistência do projeto de lei 4.330, que trata sobre as terceirizações do serviço público.